Este sábado vai ficar na história dos balseiros que fazem a travessia na balsa Gerhardt Starke, mais conhecida como Balsa do Passo Manso, em Blumenau. Para se despedir da embarcação, que funciona desde 1993 no bairro, eles se reuniram com amigos e familiares a bordo com direito à churrasco e cerveja. A última viagem dela será feita na próxima quinta-feira, dia 11, quando o balseiro Flávio Schenatz, que fez a primeira viagem nesta balsa de ferro em 1993, vai fazer a última travessia sobre as águas do rio Itajaí-Açu.
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– Ela é meu xodó. Vai ser muito triste ficar longe dela depois de 24 anos de trabalho. Acho errado tirarem este patrimônio histórico de Blumenau daqui. Será uma perda muito grande para todos – lamentou Schenatz.
Flávio não foi o único trabalhador que lamentou. Os irmãos, Ademir e Ildomar Schneider, Gilmar Ferreira, Adêmio Dalberto e José Santos Cardoso são balseiros e vão sentir falta desta profissão que vai entrar em extinção, pelo menos em Blumenau.
– Depois será só lembrança. É muita tristeza saber que vamos sair daqui e não vamos mais trabalhar em meio à natureza, com peixes e capivaras. É muita tranquilidade e paz aqui – comentou Ademir, que faz parte da terceira geração de balseiros da família Schneider no Passo Manso.
A embarcação que faz a ligação entre as ruas Arnold Hemmer e a Bahia vai deixar de funcionar por conta da inauguração da Ponte do Badenfurt, ocorrida no último mês. Ela faz cerca de 200 viagens por dia, leva dois veículos e 20 pessoas. De acordo com o Seterb, o futuro da embarcação está sendo definido.
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