Quem depende da balsa para fazer a travessia do rio Itajaí-Açu vai ter de esperar no mínimo 15 dias para voltar a usá-la. O transtorno que duraria quatro dias – a balsa havia sido interditada quarta-feira pela Capitania dos Portos de Santa Catarina e tinha previsão para ser liberada hoje – aumentou depois que a embarcação amanheceu debaixo d?água no sábado.
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De acordo com o prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, a prefeitura está fazendo uma apuração interna para saber o que exatamente fez com que a balsa amanhecesse submersa. Ele acredita em falha humana:
– Ela afundou à noite, de sexta para sábado. Todas as noites a maré sobe e a embarcação precisa ser movimentada. O funcionário que estava no turno não deve ter movimentado como deveria, e ela acabou afundando por estar em um local muito baixo.
>> Retomada da travessia pelo rio Itajaí-Açu deve ocorrer em 15 dias
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Bosi crê que a balsa ficou ancorada em um local ruim e com o aumento da maré a água acabou tomando conta dela. O funcionário responsável pelo trabalho será ouvido hoje, segundo o prefeito.
Durante todo o fim de semana, curiosos e moradores observaram a retirada da embarcação de 41 toneladas, 15 metros de comprimento e oito metros de largura. Entre eles estava o pedreiro Jandir Dias, 46 anos, que teve a partida de seu time, o Ilhota, suspensa no campeonato municipal de futebol.
– Os jogadores de dois times que moram do outro lado do rio não puderam participar. Os jogos foram cancelados, mas o transtorno continua. Muitas famílias ficam divididas, meu cunhado teve que fazer a volta por Gaspar para visitar minha sogra. Esperamos que o conserto não demore muito – reforçou Dias enquanto observava o trabalho de reboque.
Município ainda não sabe quais reparos precisam ser feitos
Os primeiros problemas na balsa surgiram quarta-feira, quando foi interditada por falta de vistorias nos anos de 2011 e 2012. Para Bosi, a irregularidade deveria ter sido acusada quando o documento foi renovado em 2013 e 2014. Para resolver a situação, o município tem de pagar as taxas referentes àqueles anos e submeter a balsa à vistoria da Marinha. A previsão do prefeito é resolver essa pendência hoje. Depois a embarcação passará por manutenção. Ainda não é possível saber quais peças terão de ser trocadas nem quanto isto custará.
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Inicialmente, a expectativa era de que o serviço fosse retomado sexta-feira passada, mas como o atendimento na Capitania dos Portos ficou suspenso devido ao ponto facultativo, a prefeitura não pôde apresentar os documentos.