O Dom Bosco não é um bairro para se tirar muitas fotos, diz Alexandre Werner, 44 anos, que vive ali desde que nasceu. Isso porque, segundo ele, o maior atrativo do Dom Bosco é o espírito do bairro, algo impossível de se traduzir em imagens. Não há como negar, porém, que o Dom Bosco tenha seus encantos – do parque à igreja, de arquitetura única, passando pelo Itajaí-Mirim.

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Convidado pelo Sol Diário para falar do Dom Bosco a partir de seu ponto de vista, Alexandre conta que foi no bairro que cresceu, casou, e é onde cria os dois filhos.

– Fui morar em Curitiba por cinco anos, mas ao retornar, fiz o possível para novamente me instalar no bairro. Escolhi o Dom Bosco pela convivência, pelo clima de família. Ou seja, por ser o Dom Bosco.

O Atlas Socioambiental de Itajaí traz o Dom Bosco como um dos bairros mais urbanizados de Itajaí, que aos poucos vem mudando a paisagem com a verticalização. Uma mudança grande para uma localidade que, nascida como área pertencente ao marítimo austríaco José Gall, foi vendida a Silvestre Schmitt e Leopoldo Zarling antes de ser repartida em loteamento.

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O bairro cresceria ao redor da Estrada de Ferro Santa Catarina, que o cruzava pelo leito da atual Rua Indaial.

Entrevista: Alexandre Werner

Como é a comunidade do bairro?

Definindo o bairro, posso disser: “Dom Bosco, bairro família”. Aqui as pessoas se conhecem, conversam na frente das casas, se cumprimentam, conversam nas padarias e esquinas. Aqui temos vizinhos, não simplesmente moradores que dividem uma rua. Embora estejam chegando pessoas de fora para aqui residirem, a maioria ainda é “povo da terra”, pessoas que cresceram, criaram seus filhos nas escolas do bairro, entre elas o “Chiquinho” onde estudei e até hoje é uma referencia para quem aqui mora, pois quem não estudou no “Chiquinho” parece que não é daqui. O progresso aqui chegou mas o espirito de bairro pequeno e familiar continua.

No que o bairro tem mudado nos últimos anos?

O trânsito tem se tornado algo complicado, devido à Avenida Contorno Sul, a Univali e ultimamente a Rua Brusque, que tem se tornado uma via de muito movimento principalmente nos horários de pico. Ao caminhar pelo bairro a paisagem vai mudando de uma semana para outra, pois as construções de novos prédios estão deixando na lembrança as casas que estávamos acostumados a ver todos os dias. Mas isso é o futuro e temos que nos acostumar, o Dom Bosco não pode ficar parado no tempo. Que pena!

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No que o bairro ainda precisa melhorar?

No trânsito, melhorar o escoamento do trafego na rua Brusque organizando o transito na rótula com a Rua José Eugenio Müller, bem como com a rua Modesto João Vieira (em frente à Igreja do Dom Bosco). Em relação ao lazer, não temos no bairro muitos lugares para as crianças e jovens se encontrarem para conversar, brincar e praticar esportes. As ruas são pouco iluminadas, e as calçadas estão deixando um pouco a desejar.

População do bairro

Total – 6.863

Mulheres – 3.551

Homens – 3.312

Curiosidade

O surgimento do Dom Bosco está diretamente ligado à chegada dos padres salesianos ao bairro, que difundiram a religião católica e criaram a paróquia de São João Dom Bosco.

Por que meu bairro é o melhor lugar do mundo?

Se você quer morar em um lugar perto do centro da cidade, com clima de bairro pequeno, valorizado comercialmente, com toda infraestrutura, com povo hospitaleiro, sem muita criminalidade, venha morar no Dom Bosco.

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A série Itajaí Bairro a Bairro é publicada toda segunda-feira. O próximo é a Barra do Rio.