No ecossistema de startups a gente utiliza o termo unicórnios como sinônimo de empresas avaliadas em US$ 1 bilhão pouco tempo após sua criação. Alguns dos exemplos mais conhecidos são Google, Uber, Dropbox e Airbnb. Como você pode imaginar, virar um unicórnio é um objetivo muito difícil de alcançar – as chances são de 1,28%, segundo a consultoria CBInsights -, portanto eles ainda são raros. Mas todos eles têm em comum o fato de serem inovadores e pertencerem ao universo da tecnologia.

Continua depois da publicidade

No Brasil, os primeiros unicórnios surgiram agora. Para quem não tinha nenhum, o país se surpreende ao emplacar dois de uma vez só em janeiro deste ano. O primeiro foi o aplicativo de transporte 99, que recentemente recebeu um novo aporte da Didi Chuxing. A empresa chinesa assumiu o controle da startup após a transação de R$ 960 milhões. O segundo foi a PagSeguro, do Uol, que abriu capital na bolsa de Nova Iorque e movimentou US$ 2,3 bilhões.

Eu acredito que no máximo em 10 anos teremos um unicórnio catarinense. Assim como quem quer ganhar as principais categorias do Oscar deve estar Hollywood, quem almeja se tornar um unicórnio precisa estar inserido em um grande ecossistema de inovação. E não tenho dúvidas de que, no Brasil, este hub é Santa Catarina. Nosso polo tecnológico conta com incubadoras, aceleradoras e investidores fomentando a criação e consolidação de startups. Só a incubadora da ACATE em parceria com o Sebrae/SC, o MIDITEC, já ajudou no desenvolvimento de 112 empresas de tecnologia, sendo que 85% delas ainda estão em funcionamento. Outro programa nosso que apoia essas novas empresas é o Link Lab, um laboratório de inovação aberta que conecta startups a grandes companhias para que elas aprendam com quem já trilhou o caminho do empreendedorismo e conheçam as dores do mercado.

Nossas startups já se destacam, o que falta agora é pensar globalmente. Ao desenvolver soluções tecnológicas para todo o mundo, já pensando na expansão internacional desde o início, o negócio tem muito mais chances de conquistar um grande mercado, chamar atenção de investidores e virar um unicórnio.

Mais Giro Financeiro:

Continua depois da publicidade

Aplicar em Bitcoin?

Davos e a saída da recessão