Digiácomo Dias aprendeu o sandboard nas dunas da Joaquina e durante 14 anos viajou o mundo levando o esporte para diferentes tipos de areia. De cada lugar novo, uma amostra da areia. Hoje ele tem 25 frascos com resquícios de onde sua prancha já desceu e uma certeza.

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– A areia de Florianópolis é uma das melhores do mundo. É clara, fina, e o clima aqui não é tão quente e nem tão frio. Isso é perfeito – avalia Dias.

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As curiosidade pelos tipos de areia também revela a sua paixão pelo ambiente em que prática sandboard. Dias fala de uma energia, de um sentimento agradável e do silêncio que “escuta” quando está no topo de uma duna.

– O deserto, o vazio sempre me transmitiu algo bom. É um silêncio, mas cheio de vida. Algo que sempre gostei – resume o tetracampeão mundial.

Duda Mesquita também encontra nas boas e velhas dunas da Joaquina momentos de tranquilidade e paz. Mesmo que o esporte agora seja um hobby para o chefe de cozinha, ficar muito tempo longe das dunas dá saudade.

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– É perfeito ir lá. Descer as dunas, e praticar um pouco de sandboard. O ambiente e o esporte em sintonia me deixam mais tranquilo, ajudam a colocar as coisas no lugar. É como um porto seguro – explica Mesquita.

Embora formadas por uma areia “perfeita”, as dunas da Joaquina não são tão altas. A Waimea, a maior e mais inclinada delas, tem 60 metros. A duna onde Digiácomo Dias foi tetracampeão mundial, na Alemanha, tinha 220 metros de altura.

– Mas é algo artificial, de um areia muito grossa que inclusive estraga muito a prancha – explica Dias.

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Outras dunas visitadas pelo catarinense, no Peru e Chile por exemplo, também encantam pela altura, mas a areia não é tão fina como as da Joaquina.

– As nossas dunas são pequenas, mas no que envolve a areia é uma das melhores. Desliza mais fácil e torna a descida mais rápida.

Por ter dunas menores porém mais velozes, os brasileiros se destacam na modalidade Big Air, que consiste em saltar e realizar uma manobra durante o salto. Já os estrangeiros tem mais facilidade para as competição de slalom (contorno de bandeirinhas).

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– Hoje os nordestinos estão muito à frente na prática do sandboard e no desenvolvimento de manobras. Há mais campeonatos por lá também. Mas acredito que com um reestruturação da associação catarinense podemos voltar a crescer por aqui e quem sabe voltar a ter atletas de alto nível também – acredita Dias.