Em 2013 o Avatarium surgiu tendo em suas fileiras membros do Candlemass, Tiamat e Evergrey, e com um time desse porte as expectativas eram consideráveis. Mas, além de o début autointitulado corresponder plenamente aos anseios, a desconhecida cantora Jennie-Ann Smith interpretou o doom metal proposto com uma leveza e sensualidade que assombrou o público.
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Na coluna da semana passada: Silence in the snow, do Trivium
Resenha de Dystopia, do Megadeth
Agora é a vez do sucessor The girl with the raven mask. E é gratificante observar que, mesmo com a boa recepção do primeiro disco, os suecos ampliaram seus horizontes sabbáticos com um repertório consideravelmente distinto, agora diluído em doses de progressivo e do típico psicodelismo da década de 1960.
Com o Hammond brilhando com frequência, esta viagem musical mantém o importante aspecto arrastado do gênero, mas com uma enigmática sensação de serenidade e acolhimento. Neste sentido, Girl with the raven mask, The January sea (aqui Jennie-Ann tem sua melhor atuação!) e Pearls and coffins são impecáveis.
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A experiência destes músicos proporcionou a compreensão dos elementos mais sutis de suas influências, moldando tudo a seu favor. Há muito para se explorar e digerir em The girl with the raven mask, e certamente merece uma boa conferida. Em tempo: este CD é importado, mas vale lembrar que o primeiro disco do Avatarium foi lançado em território brasileiro. lml

Avatarium: The girl with the raven mask
(2015 – Roadrunner Records – importado)
01. Girl with the raven mask
02. The January sea
03. Pearls and coffins
04. Hypnotized
05. Ghostlight
06. Run killer run
07. Iron mule
08. The master thief
Ben Ami Scopinho está há mais tempo em Floripa do que passou em sua terra natal, São Paulo. Ilustrador e designer no DC, tem como hobby colecionar vinis e CDs de hard rock e heavy metal. E vez ou outra também escreve sobre o assunto.