Autor do primeiro gol no estádio da abertura da Copa, Giovanni Augusto quer tirar o Figueirense do Z-4

No futebol, basta um lance para um jogador se tornar ídolo. Uma única jogada pode eternizar um atleta. Giovanni Augusto percebeu isso nesta segunda-feira. O camisa 10 do Figueirense teve um dia agitado com inúmeras entrevistas após marcar o primeiro gol da Arena Corinthians, que vai sediar a abertura da Copa.

Com apenas dois toques, Giovanni ficou conhecido mundialmente. Afinal, todas as atenções estavam na inauguração do palco que irá abrigar Brasil x Croácia, dia 12 de junho. Mas o que ninguém esperava era que o convidado iria estragar a festa.

Giovanni Augusto gosta de contrariar. Nascido em Belém (PA), ele foi criado em Benevides, que fica a 25 quilômetros da capital e tem 42 mil habitantes. Local de gente humilde, mas com a liberdade na sua origem. A cidade é conhecida como a Terra da Liberdade, por ser a segunda no Brasil a libertar escravos – quatro anos antes da Lei Áurea, de 1888. E foi lá que Giovanni superou os problemas sociais para ser alguém no mundo do futebol

– Quando criança passei por muitas dificuldades. Mas minha mãe sempre me apoiou muito. E foi em uma cidade como Benevides que encontrei uma chance – contou.

A oportunidade que o então garoto franzino precisava para mudar sua história ocorreu da forma mais inesperada. Foi em uma pelada no sítio do ex-jogador Vélber – que atuou no Paysandu e São Paulo – que ele foi descoberto.

– Após o jogo ele me chamou e disse que eu era diferente. Me levou para conversar com os empresários dele, um deles até hoje está comigo. É o Jean Caio, um pai para mim – disse o jogador.

Nascimento do filho amadureceu jogador

Comercializado como pedra preciosa, o diamante possui alto valor. Por isso, quando Vitório nasceu, Giovanni tatuou o nome do filho sobre um diamante do lado direito do pescoço. O menino tem oito meses. Tempo suficiente para mudar a vida do atleta, que amadureceu.

– Ele é a maior benção que Deus me deu. Vivo para ele e quero dar o máximo de mim para o Vitório sentir orgulho – explicou.

O gol na Arena Corinthians foi histórico, a repercussão imensa. Mas nada é maior que sua família.

– Ele e a minha esposa, Isabel, são os meus maiores presentes, dedico esse gol a eles – finalizou.