A data é emblemática: sexta-feira, 30 de agosto – ou o fim de mais de uma década de espera. É esse o dia em que a Autopista Litoral Sul – concessionária do trecho Norte da BR-101 – enfim, vai entregar ao Ibama o Eia-Rima (estudo de impacto ambiental) completo de todo o contorno viário da Grande Florianópolis. Em outras palavras significa dizer que pela primeira vez há garantia, tanto da ANTT quanto da empresa, de cumprimento do prazo prometido. Se concretizar, se mantém o início das obras para janeiro do ano que vem.

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A divulgação oficial da entrega do estudo foi feita no mesmo dia em que Jorge Bastos, diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres, descartou qualquer possibilidade de mudança do traçado – como pleiteado novamente pela prefeitura de Palhoça. Mais do que isso: foi feita no dia em que as páginas do Diário Oficial da União oficializaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre ANTT e Autopista e que prevê redução do preço do pedágio para cada obra não feita no prazo determinado.

Na sexta-feira, Bastos estará em Florianópolis para uma reunião que servirá para sanar dúvidas e acertar os detalhes do projeto. Estarão presentes todos os prefeitos da Grande Florianópolis, membros do Fórum Parlamentar Catarinense, governador Raimundo Colombo e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati – além do diretor superintendente da Autopista, ausente em todos os últimos encontros que trataram do tema, Paulo Castro. Será na Fiesc, às 16h.

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Empreiteira que executará as obras já teria sido contratada

Audiências públicas devem ser realizadas nos três municípios atravessados pelo contorno (Biguaçu, São José e Palhoça) nos meses de outubro e novembro. Segundo o diretor geral da ANTT, a Autopista Litoral Sul teria garantido que já contratou a empreiteira responsável pelas obras do contorno e que o serviço poderia começar uma semana após o aval do Ibama.

O contorno viário da Grande Florianópolis deveria ter sido concluído em fevereiro do ano passado. Obra mais vultuosa – orçada em cerca de R$ 400 milhões – do contrato de concessão de todo o trecho, que se estende de Palhoça até São José dos Pinhais (PR), tem promessa de desviar o trânsito de 18 mil veículos pesados por dia (que hoje trafegam pela BR-101).