Uma audiência marcada para esta quinta-feira, às 14h30, no Ministério Público de Santa Catarina vai tentar resolver um novo impasse entre os trabalhadores do transporte público de Florianópolis e o Consórcio Fênix, que começa a operar oficialmente na cidade a partir deste sábado, dia 1º. Um rumor de greve no transporte coletivo de Florianópolis vem crescendo ao longo da semana, com uma sequência de pequenas assembleias realizadas pelo sindicato da categoria dos trabalhadores (Sintraturb).
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Motoristas e cobradores ficaram insatisfeitos com a nova escala de trabalho elaborada para a implantação do Consórcio Fênix. Uma parcela dos funcionários que fazem turno de 6h20min de duração vão ter o intervalo estendido além de 1h, sendo alguns em 1h20min, outros em 1h15min – ambos os sindicatos não confirmaram o número de trabalhadores atingidos com a mudança.
O Sindicato dos empresários do setor (Setuf) alega que o julgamento do Tribunal Regional do Trabalho, em junho, estabeleceu que o horário de intervalo poderia variar entre 1h e 2h.
– Estamos apenas cumprindo a decisão do Tribunal – disse ontem o presidente do Setuf, Waldir Gomes.
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Sintraturb não concorda
No entanto, o representante do Sintraturb, Deonísio Linder, afirmou que a categoria recorreu da decisão e não pode ser submetida a alteração sem ser transitado em julgado.
– Agora eles colocaram 1h20min, mas nada impede que aumentem para 2h de intervalo. Se eles mantiverem essa postura, nós estamos preparados para parar – disse Linder.
Falta de condições para descanso
Entre os principais pontos para rejeitar o aumento no tempo de intervalo estão as condições oferecidas aos trabalhadores. Segundo Deonísio Linder, os pontos finais de algumas linhas, onde os funcionários fazem o intervalo, não têm banheiro, refeitório ou qualquer segurança para os funcionários.
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– A gente fica duas horas parado, tendo que dividir os banheiros com os usuários e tendo que se alimentar no ônibus mesmo – argumentou ele.
Setuf não vê motivo para greve
No entendimento do representante do Setuf, a reclamação não merece greve.
– Eles vão ter mais tempo de intervalo e estão reclamando. Não vejo motivo para esta movimentação – disse.
Se não houver acordo, o Sintraturb ameaça parar o serviço a partir da próxima semana. A data ainda não foi definida pela categoria, que aguarda resolver o impasse na reunião desta quinta-feira.
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