Uma nova audiência de conciliação nesta quarta-feira, às 14h, no Tribunal Regional do Trabalho, deve decidir os rumos da greve dos coletores da Proactiva, empresa responsável pela coleta de lixo em Palhoça e Biguaçu. Se não houver acordo entre patrões e empregados, cabe ao juiz determinar quem está com a razão. Os coletores pleiteiam um aumento de 15% e mudanças no vale-alimentação, além de garantias de que não serão demitidos após o fim do movimento. A Proactiva afirma que está respeitando as cláusulas acordadas na convenção realizada no dia 1º de março.
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Na tarde desta terça, uma liminar do Tribunal do Trabalho foi favorável a Proactiva. A Justiça determinou que os grevistas mantenham 30% dos serviços e 100% da coleta hospitalar, sob pena de multa diária de R$ 30 mil. O juiz também autorizou o uso de força policial se for necessário para cumprir a ordem. Porém, segundo o sindicato dos trabalhadores, esta exigência já está sendo cumprida desde o primeiro dia de greve, que completa uma semana nesta quarta-feira.
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De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Empregados Privados de Limpeza Urbana no Estado de Santa Catarina (Sinteplu-SC), Francisco Porrua, ele vai registrar em cartório o nome dos trabalhadores para oficializar o que já está acontecendo na prática:
– Temos 31 coletores em greve, e 30% representa seis trabalhadores no período da noite, e nove durante o dia ( três em Biguaçu e seis em Palhoça). Na coleta hospitalar são cinco, mas um está afastado por motivo de saúde. Os portões estão abertos e ninguém está sendo impedido de trabalhar – explicou.
Enquanto o impasse não se resolve, as prefeituras dos municípios afetados continuam com caminhões próprios fazendo mutirões, porém o número é insuficiente para recolher cerca de 220 toneladas de lixo por dia.
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