Mais policiais, uma delegacia de homicídios, guarnição especial da Polícia Militar no bairro Efapi e 200 vagas no Centro de Atendimento Socioeducativo eno Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório.

Continua depois da publicidade

Estas são as reivindicações do ato público “Chega de Violência- Chapecó Unida Exige Segurança”, realizado na manhã desta terça-feira, na Avenida Getúlio Vargas, em Chapecó. Uma carta com essas reivindicações será encaminhada para a Secretaria de Desenvolvimento Regional de Chapecó e, posteriormente, ao Governo do Estado.

– Essa força-tarefa que está na cidade não basta, pois vai ficar 30 a 45 dia no máximo. Precisamos de policiais efetivos- disse o presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), Bento Zanoni.

A Acic, a Câmara de Dirigentes Lojistas e o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó encabeçaram uma lista de cerca de 50 entidades que apoiaram o ato. Alguns comerciantes fecharam as portas das lojas durante o manifesto, que durou cerca de uma hora e reuniu 2,5 mil pessoas segundo a comissão organizadora. Entre eles estavam funcionários do comércio, empresários, professores, policiais federais em greve, vítimas e familiares de vítimas da violência.

Continua depois da publicidade

“Não dá para abrir a porta de casa”

Iracema Bitencourt, irmã do professor Alcides Bitencourt, assassinato a tiros em casa em maio do ano passado, levou uma faixa para lembrar do irmão e também pedir mais segurança.

– Não dá para abrir a porta de casa – disse.

A violência levou os moradores do bairro Jardim Itália a formar uma associação.

– Nossos filhos brincavam com carrinho de rolimã na rua e hoje estamos amedrontados – disse a aquiteta Marlene Zawadski, que no ano passado levou um tiro no pé quando foi assaltada chegando na casa da cunhada.

A professora Noeli Reale viveu dois assaltos em menos de um ano. No ano passado estava num estabelecimento comercial quando houve o assalto. Há 15 dias, dois homens armados invadiram a casa dela, renderam a família e levaram o carro e produtos eletrônicos.

Continua depois da publicidade

– Tem que atacar o crime organizado, quem recepta os produtos – sugeriu.

A mobilização foi promovida após o aumento no índices de violência na cidade. Somente em 2014 são 15 homicídios, um aumento de 50% em relação ao ano passado. Como resposta, os órgãos de segurança do Estado encaminharam 70 policiais para a região, na “Operação Torniquete”, que iniciou na segunda-feira.

Confira a galeria de fotos: