Acostumado a uma rotina de treinos intensos, o atleta jaraguaense Édio Borba, de 38 anos, se prepara para um dos maiores desafios da sua carreira: uma ultramaratona de 230 quilômetros, a Cassinos Ultra Race, no Rio Grande do Sul. Faltando pouco mais de cinco meses para a prova, Borba enfrenta a primeira barreira, que é a falta de patrocínio.
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A competição ocorre do dia 11 a 15 de novembro. Os atletas têm 60 horas para percorrer os 230 quilômetros de prova pela praia do Cassino. A competição pode ser feito em duplas, equipes ou solo. Segundo Borba, que irá correr sozinho, a dificuldade está na quilometragem e também porque a corrida ocorre na areia.
– É uma prova de alto nível, por isso analisam teu histórico de competidor e aí liberam a inscrição. Só a inscrição é R$ 850, fora o tênis para corrida e o restante dos equipamentos – explica.
Borba conta que a cada 42 quilômetros haverá uma base para os corredores reabastecerem os mantimentos _ cada competidor leva uma mochila com água e comidas, a bolsa de Borba, por exemplo, estará pesando entre cinco a dez quilos. Segundo o jaraguaense, cabe ao atleta estipular sua estratégia de corrida.
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– Como vamos nos privar do sono, o corredor analisa a hora de parar ou seguir. Eu quero fazer a prova entre 40 a 36 horas, por isso estou montando uma estratégia para cumprir a meta. Depende totalmente de mim, pois vou correr na categoria solo e terei cerca de 100 adversários.
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Borba treina seis vezes por semana, com corrida, preparo físico e psicológico, e também memorização da prova. Ele conta que cada treino leva em média uma hora e meia e são intercalados com seu trabalho de personal trainer. No final de semana, realiza corridas maiores para estar 100% preparado.
– No final de semana, faço corridas de até 22 horas para me acostumar com a privação do sono. Também corro nas praias da região para me adaptar à areia, que é muito mais pesada – destaca o atleta que compete desde os 15 anos.
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Ele conta ainda que o incentivo para participar de competições como essa é a superação de concluir a prova. Agora, busca patrocínios para custear as despesas da viagem que chegarão a R$ 2 mil. Segundo o corredor, é muito caro participar das competições por causa das inscrições e custos de viagem.
– Eu não vou pelo prêmio, mas pela aventura. Amo estar em contato com a natureza – afirma.
Ação beneficente
A ideia do Borba é vender cada quilômetro que conseguir realizar na maratona e nas próximas competições. O dinheiro será destinado a uma instituição jaraguaense ainda não definida.
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– Quero ajudar as pessoas e levar uma mensagem para que comecem a praticar esporte.