A quadrilha que se envolveu no confronto com policiais da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), na madrugada desta sexta-feira, em Major Gercino, no Vale do Rio Tijucas, é suspeita de agir recentemente em Luis Alves, no Vale do Itajaí.
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No dia 19 deste mês, ladrões explodiram caixas eletrônicos do Banco do Brasil, no centro da cidade, Na fuga, os criminosos capotaram um dos carros. Um deles, de 19 anos, foi preso.
A informação é do diretor da Deic, delegado Akira Sato. Ele esteve em Major Gercino após o confronto da madrugada, em que três assaltantes foram mortos.
Akira não participou do tiroteio, mas teve relato dos colegas que os ladrões disparavam até quando estavam deitados no chão.
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À tarde, na Deic, em Florianópolis, Akira conversou com o Diário Catarinense sobre o bando. Leia a seguir os principais trechos da entrevista:
ENTREVISTA: Akira Sato, diretor da Deic.
Diário Catarinense – Se não houvesse a investigação que flagrou os bandidos no banco, o senhor acredita que a polícia conseguiria prender a quadrilha?
Akira Sato – Estaria impune, provavelmente. Em razão do efetivo reduzido, ali tem um policial civil e dois ou quatro PMs. Se fosse depender da ação única local ficaria mais difícil.
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DC – Chegaram a colocar policiais nas casas da região para surpreender os bandidos?
Akira – Não. A abordagem a gente teve numa estratégia de trabalho local e também tivemos de fazer uma estratégia de abordagem com o uso de viaturas, mas nada combinado com ninguém dali não.
DC – A troca de tiros foi inevitável?
Akira – Nessa quadrilha, pelo histórico deles, não ia ter jeito (de não haver confronto). Eles mesmo efetuaram disparos até quando estavam no chão, deitados. Estavam com dedo com gatilho disparando para qualquer lugar. Estavam lá para tudo.
DC – Um seria integrante de facção criminosa (PCC). Como vê essa ação em cidades do interior de SC?
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Akira – Ele, o Jonathan, é um investigado antigo, já foi preso em outra oportunidade. Tem informação que é integrante do PCC, mas até onde conseguimos investigar ainda não tem nada de concreto a respeito. Mas agem no interior pelo pouco efetivo policial, pela condição de fuga, dificuldade de chegada, tudo isso contribui, tem a questão da telecomunicação também.
DC – Qual a dimensão de um roubo desses, se concretizado, para o crime organizado?
Akira – Acreditamos que era para fortalecer os armamentos que estavam buscando. Em oportunidades anteriores apreendemos muitas armas longas, fuzis e calibres 12 dessa quadrilha, só deles. Hoje vieram agiram com pistolas e uma calibre 12.
DC – Esse tipo de crime com explosivos, no passado, esteve muito evidente em SC. O senhor acredita na volta dessas ações, com quadrilhas remanescentes?
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Akira – São participantes de quadrilhas anteriores, das mesmas que agiam anteriormente. Enquanto estiverem soltos vão estar praticando esse tipo de crime e até surgir modalidade mais fácil.
DC – São suspeitos de mais crimes aqui?
Akira – Sim, em Luis Alves (dia 19 deste mês).
Bope faz caçada na região
Dez policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e policiais militares da região seguem nas buscas aos dois assaltantes que conseguiram fugir de um cerco policial após tentativa de assalto a uma agência do Banco do Brasil na madrugada desta sexta-feira, em Major Gercino, no Vale do Rio Tijucas.
– Estamos procurando pistas. A região é de mato íngreme, difícil de trabalhar. Mas a ordem é que os policiais permaneçam no local – disse o comandante do Bope, tenente-coronel Marcelo Cardoso.
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Há PMs da região auxiliando na caçada, que contou com apoio de helicóptero da Polícia Militar e o canil da corporação. O diretor da Deic, delegado Akira Sato, suspeita que os fugitivos estejam com armas longas.
Os dois ladrões que escaparam são os que estavam na frente do banco, enquanto os três comparsas arrombavam os caixas eletrônicos dentro e que acabaram mortos no confronto com a Deic.
O receio da polícia é que os assaltantes façam reféns na fuga. A polícia busca informações de suspeitos pelos telefones 190 ou 181.
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