A Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura de Jaraguá do Sul negocia com a Associação dos Bananicultores de Jaraguá do Sul (Abajas) sobre a possibilidade da entidade assumir a usina de açaí na localidade de Garibaldi, fechada há cerca de três meses.
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O objetivo da associação é aproveitar os pés de palmeira nativa da espécie juçara que existem nas propriedades dos produtores de banana para produzir a polpa do fruto, conhecido como açaí catarinense. Vários agricultores da região mantém palmeiras em meio às bananeiras.
O administrador da Abajas, Renato Schuster, diz que uma ideia seria transferir os equipamentos que estão no prédio desativado para a sede da associação, no bairro Jaraguá 99, já que a maioria dos sócios teria dificuldade para se deslocar até o Garibaldi por causa da distância.
A Abajas estuda duas alternativas para tocar a usina. Uma delas é assumir o espaço em parceria com a Companhia de Produção Agropecuária de Jaraguá do Sul (Copajas), que era responsável pela venda e rotulagem da polpa produzida na fábrica. A outra é alterar o estatuto da associação, que é sem fins lucrativos, para transformá-la em cooperativa, possibilitando a comercialização de produtos. A Abajas tem 178 sócios e presta serviços de assessoria técnica nos setores de análise de solo, registro de produtos, documentação, pulverização, entre outros.
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– A ideia é focar apenas na polpa do açaí para incrementar a renda dos sócios porque a região já tem várias empresas de derivados de banana – comenta Schuster.
A usina de açaí foi fechada em março, dois anos após ser inaugurada. O Condomínio de Produtores Rurais, responsável pela gestão do espaço, alegou que os associados decidiram parar a atividade por falta de tempo para a colheita, já que maioria mantinha seus próprios negócios. Antes, o local abrigou uma usina de leite de 2003 a 2010, mas a cooperativa que administrava a fábrica desistiu de manter o negócio.
A Prefeitura gastou R$ 80 mil em reforma e readequação dos equipamentos, e a estrutura foi reinaugurada em 2011 para produção de açaí e outras frutas. O Condomínio de Produtores Rurais administrava a usina e a Copajas fazia a comercialização e rotulagem da polpa.
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