Dois anos após a abertura da usina de processamento de açaí, na localidade de Garibaldi, o negócio corre o risco de ser desativado. Na quarta-feira, uma assembleia geral entre representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural e o Condomínio de Produtores Rurais de Jaraguá do Sul, que administrava a usina, vai avaliar os rumos do empreendimento, que está com a produção parada há cerca de dois meses.
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Os produtores alegam uma série de fatores para a paralisação do negócio. Um dos principais seria a dificuldade em trabalhar com os equipamentos, que teriam apresentado problemas. A outra seria a falta de disponibilidade dos 16 associados para realizar a colheita da fruta.
O processamento do açaí na usina era realizado por um funcionário contratado pela Companhia de Produção Agropecuária de Jaraguá do Sul (Copajas). O processo era acompanhado pela engenheira de alimentos da Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali), Shana Yamaguchi.
Shana diz que a embaladeira nunca funcionou e que a despolpadeira tinha constantes problemas mecânicos, o que afetava a produção. Outro fato que desanimou os produtores é que no ano passado a câmara fria teria quebrado e mais de 400 quilos de polpa estragaram. Renelda Verbinen, ex-presidente do Condomínio de Produtores Rurais, também afirma que a maioria dos associados não tinha tempo para se dedicar à colheita, pois mantinha seus próprios negócios.
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Idas e vindas
De 2003 a 2010, o local abrigou uma usina de leite. No entanto, a cooperativa de produtores que administrava a pequena indústria desistiu de manter o negócio e ela fechou. A Prefeitura gastou R$ 80 mil em reforma e readequação dos equipamentos, e a estrutura foi reinaugurada em 2011, sob a gestão do Condomínio de Produtores Rurais. Em setembro de 2013, a Copajas entrou na parceria e ficou responsável pela comercialização e rotulagem da polpa. O fruto vem da palmeira nativa da espécie juçara e é conhecido como “açaí catarinense”.
A presidente da Copajas, Ivanete de Souza, diz que a usina produziu 700 quilos do produto no ano passado, que foram comercializados. A fábrica vendia cerca de 90 quilos de polpa por mês para dois compradores fixos, de Florianópolis e Blumenau, e também atendia a clientes eventuais.
– Tínhamos planos de ampliar a produção a partir deste ano com polpa de abacaxi, acerola e goiaba, durante a entressafra do açaí.
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