O assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, rebateu na manhã desta sexta-feira, a declaração do porta-voz da chancelaria de Israel, Yigal Palmor, de que o Brasil é um “anão diplomático” e um “parceiro diplomático irrelevante”.
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– (O porta-voz) é o sub do sub do sub do sub do sub do sub – afirmou Garcia a jornalistas, antes de solenidade no Palácio do Planalto, em que tomarão posse de seus cargos os membros do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.
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Questionado se a declaração do porta-voz não teria sido deselegante, Garcia respondeu:
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– Eu não sou especialista em elegância.
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Em uma rápida conversa com a imprensa, o assessor especial da Presidência também ironizou a estatura do porta-voz. Indagado sobre como o episódio estava sendo visto pelo Palácio do Planalto, o assessor completou:
– Eu não sei, porque ele (o porta-voz da chancelaria israelense) foi filmado daqui pra cima, não dá pra saber a estatura dele.
A réplica de Israel à nota do governo brasileiro, que classificou como “inaceitável” a escalada desproporcional da ofensiva militar sobre Gaza, mexeu com os brios do Itamaraty e do Planalto. Inclusive, resultou em uma tréplica do ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.
– Eu devo dizer que o Brasil é um dos poucos países do mundo, um dos 11 países do mundo, que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU. E temos um histórico de cooperação pela paz e ações pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles, seguramente – comentou Figueiredo nesta quinta-feira.
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Na avaliação de diplomatas e assessores presidenciais a ordem é encerrar a escalada verbal entre os dois países e evitar bate-boca.