O rastreador de celular foi o grande aliado da família mantida em cárcere privado por três assaltantes, na última sexta-feira, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Ela estava reunida em casa, às 22h, quando um dos assaltantes pulou o portão da residência e ordenou que o proprietário o abrisse para os outros comparsas.

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Dois assaltantes foram presos depois que a Polícia Civil ativou o rastreador do smartphone da família, que tinha sido roubado pelos envolvidos. O terceiro assaltante já foi identificado, mas continua foragido.

De acordo com um integrante da família, que não quis ter o nome divulgado, eles pensavam que o assalto era uma brincadeira, até que o primeiro assaltante apontasse uma arma para um dos adolescentes. Depois que o dono da casa abriu o portão para os outros envolvidos entrarem, todos foram obrigados a deitar no chão – no total, quatro adultos, dois adolescentes e uma criança de nove anos.

– A partir daí começaram a “tocar o terror”. Felizmente, não agrediram ninguém, apenas nos ameaçaram verbalmente.

Em seguida, os assaltantes prenderam a família na despensa da casa e roubaram vários pertences dos moradores, entre eles roupas do proprietário, aparelhos eletrônicos e comida. Os objetos foram colocados no carro da família, um Toyota Corolla, utilizado para a fuga.

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As polícias Civil e Militar chegaram meia hora depois do assalto, assim que a família conseguiu sair da despensa e ligar para a delegacia. Eles acessaram as informações do smartphone que os assaltantes roubaram, conseguiram localizá-los e os renderam quando estavam no supermercado Angeloni de Capoeiras. Um jovem de 32 anos foi encaminhado para a Central de Triagem do Estreito e um menor de 16 anos aguarda por uma vaga em uma unidade socieducativa do Estado.

– Se tem uma lição que fica, é cadastrar os rastreadores de aparelhos celulares e deixar a senha com parentes, para que eles possam fazer a localização dos assaltantes, em casos como este.

A família ressalta que essa é a terceira vez que invadem a residência, mas a primeira que eles tiveram contato com assaltantes.

– Há cerca de 10 anos, essa era uma casa de praia. Quando o Centro começou a ficar complicado, meus pais se mudaram para a Lagoa, porque era mais tranquilo.

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Todos os objetos roubados foram recuperados e devolvidos para a família.