Desde que se elegeu senadora em 2002, derrubando prognósticos e pesquisas, Ideli Salvatti (PT) se tornou a principal referência do PT catarinense. Neste domingo, a ex-dirigente sindical, ex-deputada estadual, ex-senadora e ex-ministra das pastas da Pesca, das Relações Institucionais e dos Direitos Humanos, deixa o país para cumprir uma nova missão: ser a secretária de Acesso a Direitos e Equidade na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.

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Ideli Salvatti é indicada para cargo nos Estados Unidos

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Organizando burocracias e despedidas, a principal delas uma festa na noite desta quinta-feira em um restaurante em São José, Ideli já está com a cabeça nos Estados Unidos, mas não deixa de avaliar a situação política nacional e estadual. Nos dois casos, admite que o PT precisa fazer reavaliações, embora seja mais crítica com os colegas do partido em Santa Catarina. Questiona também os métodos da Operação Lava-Jato e as credenciais do doleiro Alberto Yousseff para fazer denúncias por meio de delação premiada – inclusive sobre ela própria, às quais nega com veemência.

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Nos vídeos a seguir, veja a entrevista concedida por Ideli no final da manhã desta quinta-feira.

“A secretaria que vai ser criada na OEA será voltada à promoção e interação nas políticas públicas que garantam direitos.”

“Para mim acabou ficando um pouco surpreendente, mas presidente Dilma não dá ponto sem nó.”

“Entendo as palavras do ex-presidente Lula como uma chacoalhada necessária para que a gente possa avaliar, reavaliar e poder continuar contribuindo com o país.”

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“O Yousseff não poderia fazer delação premiada nenhuma, porque ele fez no escândalo do Banestado e mentiu.”

“Espero sinceramente que o PT de Santa Catarina tenha capacidade de reavaliar.”