Toda a vez que uma banda começa a tocar Ein Prosit – e isso acontece muitas vezes ao longo do dia – as pessoas levantam e dançam animadas, balançando os canecos e tomando um grande gole de chope. Poderia ser Blumenau, mas estamos falando de Munique. A tradição de acompanhar a música com coreografia importada da Alemanha para o Brasil é apenas um dos tantos pontos de contato entre as duas festas.

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Enquanto Blumenau se prepara para a abertura de mais uma edição da maior Oktoberfest das Américas, em 7 de outubro, a Alemanha já está em festa. Um contador na cidade mostra que ainda restam seis dias de comemoração no Theresienwiese, local da celebração, lotado de pessoas com trajes bávaros e sotaques de todas as partes do mundo.

Para Mey Fuchter, catarinense de Indaial que vive há quatro anos e meio na Alemanha, a festa da Bavária preserva a tradição e o charme da cultura da região. Ela costumava frequentar a Oktober em Blumenau com amigos.

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Em Munique, os festejos começam mais cedo e há menos clima de pegação na comparação com o Brasil:

– É uma festa que acontece mais durante o dia. Há muitas semelhanças, mas entre as diferenças, também acho que os trajes são mais bonitos aqui. Tenho quatro vestidos diferentes – revela.

Os preços na Theresienwiese são considerados caros mesmo para quem ganha em euros e não precisa se preocupar com o câmbio. Por isso, a organização cria dias especiais para a família, com descontos para crianças. Graciani Duarte da Silva, nascida em São João Batista, vive há 27 anos fora do Brasil. Está há quatro na Alemanha. Ela tem dois filhos, de 11 e 17 anos, e diz que essa organização é fundamental para quem vive na cidade poder aproveitar as atrações da festa.

A catarinense também participa de um grupo de mulheres brasileiras que se reúne com frequência. Em uma das noites, deixam os filhos com os maridos para curtir a programação. Todas, é claro, não dispensam os trajes típicos da Bavária.

– Eu resisti um pouco, mas agora bavarisei – admite Graciani, trajando um bonito vestido verde. *A jornalista Júlia Pitthan viajou a Munique, na Alemanha, a convite da Siemens

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