Ainda sem ter a real situação dos casos que aconteceram envolvendo tentativas de raptos de crianças em Florianópolis, a prefeitura busca a prevenção e o alerta com os pais.
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O secretário municipal de Segurança e Defesa do Cidadão, Raffael de Bona Dutra, revela nesta entrevista, concedida na tarde desta quinta-feira no gabinete do prefeito, como está sendo a mobilização e o que foi apurado até agora.
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:: Confira os principais trechos da entrevista:
Diário Catarinense – Como vocês chegaram aos sete casos?
Raffael De Bona – Temos essas informações das mídias sociais que informaram outros casos. A gente tem informação de dois que aconteceram na região Continental e o restante na Ilha. Por isso a gente chamou a reunião, ver o que é oficial e o que é oficioso. Tínhamos mais esse do Ribeirão, que também é algo que chegou à secretaria e estamos fechando com os dados que são oficiais.
DC – Oficial então há o caso do Rio Vermelho?
Raffael – Sim e o do Ribeirão que estamos vendo. Os outros vamos averiguar, o de Coqueiros, se foi feito boletim de ocorrência. No continente foram em escolas privadas.
DC – Os relatos das tentativas são estranhos. É uma quadrilha ou pessoa com problemas mentais que está fazendo?
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Raffael – Por isso que eu digo: essa reunião foi chamada para ver o que é oficial e oficioso. Não podemos falar em quadrilha sem ter os dados. Com a divulgação da mídia, se houve outros casos, a pessoa vai certamente procurar a delegacia.
DC – Parece algo amador, de tentativas sem sucesso…
Raffael – O nosso papel não é ver se é amador ou não. Qualquer ameaça envolvendo criança sob responsabilidade de uma escola é nosso papel averiguar. Por mais amadora que fosse a criança chegou a sair com ela (com a raptora), a um passo de dar certo. Poderia ter acontecido.
DC – Por que alguém raptaria uma criança?
Raffael – Temos vários casos que aconteceram em maternidade, para adoções de pessoas que tem algum problema, para comércio, tráfico de pessoas. Ainda é prematuro.
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DC – Qual o perfil dessas crianças?
Raffael – Esse é um ponto que bate. Todos relatos são de crianças de menos de quatro anos. Mas é de maneira oficiosa.
DC – Sempre duas mulheres agindo?
Raffael – Não. No caso do Ribeirão seria um homem que chegou de carro e tentou tirar a criança do colo da mãe.
DC – Faz 15 dias que isso estaria acontecendo. Não vem um pouco tarde essa reação?
Raffael – Mas é que até agora a gente não tinha situação concreta que havia chegado. Eram informações de escolas privadas que ouvimos e essa do Ribeirão. Agora foi essa, a de hoje (quinta-feira), no Rio Vermelho, que as professoras trouxeram elementos concretos.
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DC – Qual a orientação aos pais?
Raffael – As pessoas devem ter cuidado quando saltam do carro com o filho, observar o que acontece em volta. Antes de parar, dar uma olhada geral no entorno, se enxergar um suspeito dar a volta na quadra, ligar para a Guarda (153). É importante levar a criança na mão até o professor.