Uma mulher desconhecida entrou em uma creche no Rio Vermelho, em Florianópolis, deu a mão para uma criança de três anos e a tentou levá-la para fora da creche. Já rumava para perto do portão de saída, quando uma professora correu e gritou pelo nome da menina, evitando que a levasse.
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A tentativa de rapto, na manhã desta quinta-feira, expôs a falta de segurança nas creches de Florianópolis. A prefeitura convocou uma reunião às pressas com as polícias e a Guarda Municipal, pois afirma ter relatos de que haveria outros seis casos semelhantes em escolas da Ilha de Santa Catarina e Continente nos últimos 15 dias.
As polícias Civil e Militar se concentram na investigação do caso que aconteceu às 9h40min, na creche municipal Lausimar Maria Laus, no Bairro Rio Vermelho, Norte da Ilha. Dizem ser a única tentativa de rapto em que houve a comunicação oficial via boletim de ocorrência em Florianópolis nesse período.
Segundo a professora que fez a queixa na 8ª Delegacia de Polícia, a mulher que tentou levar a menina aparentava ter 50 anos, era baixa, gorda, tinha cabelo escuro e o usava o cabelo preso em um coque e tinha pele morena clara. Ela estaria acompanhada de uma moça de 20 anos, negra, alta e magra.
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Na sexta, serão produzidos os dois retratos falados delas pelo Instituto Geral de Perícias. Com a divulgação, a polícia espera identificá-las. Na DP, a professora foi objetiva:
“A creche não possui funcionário responsável pela segurança na entrada/saída, bem como não possui sistema de videomonitoramento”, disse aos policiais.
O prefeito Cesar Souza Junior ouviu do delegado Ilson Silva, diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, e do tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, que este é o único caso que chegou ao conhecimento oficial das polícias. Os demais seriam extraoficiais – ou boatos em redes sociais.
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Os policiais demonstraram conhecimento de outra tentativa de rapto, no dia 25 do mês passado, em uma creche no Ribeirão da Ilha, Sul da Ilha, contra um menino de três anos.
– É importante não gerar pânico. Mas qualquer situação que venha envolver criança será investigada. Faço aqui um apelo às pessoas que fizeram esses relatos de outros casos que agora façam boletim de ocorrência e avisem a polícia – disse o prefeito, em tom de cautela, e garantindo que não há onda desse tipo de crime.
Os relatos a que se refere foram trazidos pela Secretaria Municipal de Segurança. Indicam que houve outras tentativas em escolas municipais e particulares. O detalhe é que não haveria mulheres entre os supostos envolvidos e sim homens. Não foram revelados detalhes pontuais desses eventuais outros episódios.
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Prevenção e alerta
As polícias não apontam nenhuma hipótese das motivações. O momento, ressaltam os policiais, é de prevenção máxima e alerta. Os pais foram orientados a levar pessoalmente as crianças e só entregá-las ao professor.
– Na dúvida de que algo está acontecendo chame a polícia imediatamente. É preciso também evitar essa cadeia de boatos nas redes sociais – afirmou o tenente-coronel Araújo Gomes.
O prefeito Cesar Souza Junior disse que o assunto envolve pelo menos sete mil crianças, que a prefeitura vai equipar as escolas com câmeras, telefone de contato direto com as polícias e um botão de acionamento imediato aos órgãos de segurança. Além disso, garantiu que serão intensificadas as rondas escolares pela Guarda Municipal e a PM.
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