O Criciúma vive um período de seca quando o assunto é vencer fora de seus domínios. O Tricolor está há quase oito meses sem triunfar longe do Heriberto Hülse. Já são 14 jogos, sete derrotas e sete empates. A última, o revés em que levou 3 a 0 do Inter de Lages, pela quarta rodada do Catarinense. Desde que voltou ao Tigre, em outubro do ano passado, o técnico Roberto Cavalo ainda não sentiu o gostinho da vitória longe de casa. Mas, verdade seja dita, também não perdeu em casa.
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Para tentar entender o que assombra o time do Sul, o Diário Catarinense ouviu especialistas que acompanham a equipe do técnico Roberto Cavalo há muito tempo. Confira a análise dos repórteres criciumenses.
MARCIO CARDOSO, repórter da rádio Eldorado, de Criciúma
“É cedo ainda para dar uma opinião mais forte, até o Roberto Cavalo ainda está ajeitando o time, faltam peças e ele sabe disso. Então, aguardamos os próximos dias. Acredito que daqui três ou quatro rodadas é que vamos saber o time que o Cavalo vai ter para disputar o Catarinense. É cedo ainda para dizer o que o Criciúma quer e o que ele vai ser no campeonato. O jogo contra o Internacional foi uma prova de que o time precisa de mais experiência. O meio de campo precisa jogar mais, a bola não chega ao ataque.
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Sobre a partida contra o Inter de Lages, a marcação foi muito ruim, defesa se equivocou em muitos lances, ataque com dificuldades porque a bola não chega. O Élvis e o Wellington Saci não jogaram tudo o que podem render. O centroavante vive de gol e sem os meias, é muito difícil”.
ROGÉRIO DIMAS, repórter da rádio Difusora, de Criciúma
“Acho que o Criciúma dentro de casa, aqui em Santa Catarina, sempre foi soberano. Dentro do Heriberto Hülse dificilmente perdia uma, mas fora mesmo com os bons tempos, quando teve aquele timão campeão da Copa do Brasil, sempre encontrou muitas dificuldades. Daqui a pouco chega a um ano sem vencer fora de casa. Dentro de casa ele se impõe, com personalidade, joga pra cima, mas fora de casa não dá pra explicar o que acontece. O time fica inibido, não desenvolve o mesmo futebol, mas isso não vem de agora não, isso é uma coisa antiga do Criciúma, uma escrita que vem de longo tempo, não só no Campeonato Catarinense, isso é no Campeonato Brasileiro também. Sempre apanha muito fora de casa, o torcedor já fica com um pé na frente o outro atrás, preocupado. De repente pode ser porque o grupo é novo, inexperiente, com muitos jogadores da base, mas eles vão amadurecer muito, pois eles têm qualidade técnica, potencial e a coisa vai melhorar.
Contra o Inter de Lages, o Criciúma começou bem até tomar o gol. Teve um pênalti em cima do Bruno Lopes que o Célio Amorim não marcou. Depois do gol o time desandou e a vitória do Inter foi merecida. O Criciúma poderia jogar mais uma hora que não ia mudar a situação”.
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