A 8ª edição da Feira do Livro de Jaraguá do Sul retomou suas atividades e já registra a volta do público aos estandes. O produtor executivo do evento, João Chiodini, explica que a pausa do domingo, aliada à falta de aulas nas escolas, diminuiu a visitação nos estandes, porém já na quarta-feira a movimentação voltou a tomar conta do local. Para poder atender ao maior número possível de escolas, uma nova escala foi feita, porém neste ano alguns alunos serão impossibilitados de visitar o espaço.
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:: Confira a programação completa da Feira do Livro de Jaraguá do Sul
Ainda assim, há quem veio de longe para a Feira ou contou com o apoio dos pais. A professora Nádia Bachmann esteve no Galpão da Leitura na manhã de quinta-feira, acompanhada dos alunos da escola Dorotéa Hoeft Borchardt, de Pomerode. Eles vieram pela primeira vez ao evento e garantiram diversas obras para seu consórcio de livros, projeto no qual pais contribuem para a compra de obras. Cada aluno escolhia e sugeria títulos, que eram avaliados e comprados para fazer parte do acervo da turma.
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Já Charlene Scoz veio com a filha Alice, 5 anos, de Schroeder, especialmente para a Feira. Charlene trabalhou no ano passado no evento e agora retorna como compradora, visando livros para a filha. A data escolhida para a visita levou em conta a programação: ela acompanhou a contação de história de Rodrigo Calistro (Florianópolis) e o espetáculo Casamento de Conto de Fadas, da Cia Coxinha Contadores de Causos (Jaraguá do Sul).
Assim como ela, Helena Regina Fernandes dedicou a manhã de quinta-feira para passear entre os estandes com a filha Maria Helena Pinheiro, 5 anos. Como a filha mais velha já havia recebido seu livro, foi a vez de Maria escolher o seu. Se a mãe também vai levar um livro para si?
_ Talvez, mas hoje a prioridade é ela _ sorri.

Para ler, brincar, escutar e sentir
Entre os 15 estandes da Feira do Livro, é possível encontrar mais que páginas permeadas de texto. Os livreiros trouxeram ao público diversas opções que estendem a noção de leitura, criando produtos divertidos e dinâmicos. Quem tem mais opções são as crianças. Entre as obras infantis há uma incrível e criativa variedade de obras, que unem diversão à leitura. Há quebra-cabeças, livros com fantoches, com bonecos, com peças para encaixar. Há títulos com um teclado acoplado ou um ábaco, que ajuda no processo de ensino matemático.
Para pintar e escrever também há opções, inclusive aquelas com o quadro mágico. Outros têm uma caixa de música acoplada às páginas ou os famosos pop ups, que formam figuras em 3D com dobraduras de papel. Dentre esses, um dos mais impressionantes é uma releitura da história de Cinderela em um “livro-carrossel”: ao abrir as páginas e uni-las, o leitor tem diante de si uma figura hexagonal que forma os cômodos de um castelo.
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Livros sonoros, com música ou até com um mini tocador de discos também são uma opção, assim como aqueles que vêm com papel para formar uma dobradura. Outro livro sugere uma leitura noturna: com uma lanterna que ilumina um recorte, são feitas projeções na parede.
– Hoje a melhor forma de aprender é brincando _ resume o livreiro Lindomar Almeida, da Companhia Brasil, que vende especialmente obras infantis.
Para os adultos, são os audiobooks que chamam atenção. É possível escutar autores como Augusto Cury, Max Lucado, Stormie Omartian e Michel Losier. Há ainda livros de gastronomia que vêm acompanhados de forminhas.
Há ainda opções para deficientes visuais: na Editora Sulinas são 14 títulos em braile. Neles, tanto a parte textual quanto os desenhos são apresentados na linguagem, possibilitando aos leitores o contato com as imagens do livro. Há também um livro voltado à deficientes auditivos, que é acompanhado de um audiobook.
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