Um incêndio em uma casa do bairro Morretes, em Itapema, matou uma menina de 4 anos e deixou um bombeiro ferido nesta quarta-feira. Primeiro a chegar no local, o soldado Rafael Teixeira dos Santos teve queimaduras de segundo grau no rosto e comprometimento das vias aéreas. Ele ficará internado por 12 horas no Hospital Ruth Cardoso.
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O bombeiro conta momentos do resgate da criança, que acabou não resistindo aos ferimentos, e diz que toda equipe se empenhou no atendimento. Além de Santos, também participaram do combate ao fogo o cabo Murilo Pinheiro, sargento Gelson Felizardo, cabo Ivanor César Domingos e soldado Alexandre Santos.
Como você soube da ocorrência?
Eu estava de folga, mas estava no quartel. Quando deu a ocorrência pedi para ir e saí com uma viatura menor, que é mais rápida. A casa estava tomada pelo fogo, então com ajuda de baldes de água e um extintor começamos a apagar e consegui entrar.
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Como vocês acharam a outra menina?
As chamas estavam altas e a fumaça forte. Tivemos que combater para entrar na casa, porque a visibilidade era de menos de um metro. Quando a equipe chegou foi buscando informações e descobrimos que ela estava embaixo da cama. Achamos ela deitada com vários pedaços de roupa e colchão por cima, já em parada respiratória. Levaram ela para fora e fizeram a reanimação de imediato. Toda equipe ajudou, mas o estado era muito grave.
Qual foi sua reação ao saber que tinha uma criança dentro da casa?
A primeira reação que tive foi entrar na residência, mas fui impedido pelo fogo. Então tive que começar a apagar. Dois minutos depois chegou a equipe completa. Todos entraram na casa para procurar a menina, eu e o cabo Murilo a encontramos.
Como você se feriu?
Nossa roupa aguenta até uma determinada temperatura e a minha começou a pegar fogo quando entrei. Acabei queimando o rosto. Estava com o equipamento completo, senão estivesse seria mais um que não estaria mais aqui. O local estava derretendo de tão quente.
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Como lidar com o risco?
É nosso juramento. Salvar uma vida mesmo tendo que arriscar a nossa. Foi uma fatalidade mesmo.