O delegado responsável pelo caso dos adolescentes que levaram um revólver e cinco munições para escola em Camboriú nesta sexta, Rodrigo Coronha afirmou que em depoimento o jovem de 16 anos disse que teria adquirido a arma no bairro Vila Real, em Balneário Camboriú, pelo valor de R$ 1 mil.
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Conforme o delegado, o rapaz, que estaria empregado, não soube informar o local onde a arma foi comprada e nem o nome da pessoa que lhe vendeu.
– Os dois disseram que estavam sendo ameaçados por outros menores de idade por causa de uma briga por namorada e, por isso, teriam levado a arma para a escola. Por enquanto não temos suspeitos de ter vendido a arma, mas como ela estava com a numeração estamos verificando quem seria o proprietário – explica.
Ainda, de acordo com Coronha, os pais dos adolescentes ficaram surpresos com a situação, já que os dois não possuem passagens pela polícia. O caso foi encaminhado ao Judiciário e a Polícia Civil de Balneário Camboriú também irá investigar a compra da arma.
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Conselho orienta transferência
O Conselho Tutelar acompanhou o depoimento dos dois adolescentes na Polícia Civil. De acordo com o conselheiro tutelar, Valmor Dalago, a escola não é considerada violenta e não possui histórico de casos graves como este, apenas brigas e uso de drogas.
– Os dois foram ouvidos pelo delegado e agora vão responder perante a Justiça. Vamos encaminhar os adolescentes para acompanhamento psicológico para prevenção e já orientamos a família para que eles sejam transferidos de escola e mudem o círculo de amizades.
Segundo o conselheiro, este foi o primeiro caso registrado na cidade de porte de arma de fogo em escola. No ano passado, no entanto, uma ocorrência de um aluno com faca já havia sido denunciada.
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