O tempo bom durante o feriado de Corpus Christi contribuiu para que os 1,2 mil turistas argelinos, que estão em Balneário Camboriú desde quinta-feira passada, pudessem visitar os principais pontos turísticos da cidade e região. O Parque Unipraias e o barco Pirata, além do parque Beto Carrero World, em Penha, integraram o roteiro de visitação.
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Ao todo, 14 hotéis da região central da cidade se prepararam para receber os estrangeiros – na próxima semana serão 2,1 mil argelinos presentes no município. Alguns hotéis recebem grupos mais numerosos, enquanto outros menos. Como é o caso do Marimar, que acomodou apenas seis turistas argelinos.
– Eles são bem animados e extremamente respeitosos. Não tivemos problemas para nos comunicar, porque um argelino desse pequeno grupo fala espanhol e um pouco de inglês – destaca o recepcionista Marco Aurélio Vaz.
O grupo, que chegou no hotel na quinta-feira à noite, partiu nesta manhã para Porto Alegre, onde ocorre a partida contra a Coreia do Sul no domingo, mas deve retornar ainda na segunda.
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Alimentação diferenciada
Além do cuidado de alguns hotéis, para recepcionar os turistas argelinos restaurantes precisaram fazer modificações no cardápio. Isso porque, os visitantes são muçulmanos e só podem comer carne vermelha e frango do tipo hallal – que é abatida conforme os preceitos do Alcorão.
Segundo o sócio e gerente do restaurante Dom Albertos, Galdino Antônio Rosseto, trata-se de uma carne abatida e processada de forma especial, com o objetivo de minimizar o sofrimento do animal no momento do abate. Os cortes também obedecem a certas exigências e até as facas utilizadas para o corte, inclusive, são do Oriente Médio.
Apesar de ser especial, não foi difícil encontrar fornecedores que atendessem a demanda, de acordo com Rosseto.
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– Apenas a carne suína foi retirada totalmente do cardápio da noite, que é quando os grupos buscam o restaurante – explica.
Ele afirma que a carne bovina é fornecida por um frigorífico em Rio do Sul, devidamente certificado, enquanto que o frango vem do Oeste. Por serem do tipo hallal, elas custam 30% e 50% a mais, respectivamente, que as convencionais.