Um para-raios de confusões. Esta é a melhor definição para a Arena Joinville, palco de dois episódios nos últimos quatro meses que mancham o futebol brasileiro a 54 dias da realização da Copa do Mundo no País.

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Depois de ver a barbárie promovida por torcedores do Atlético-PR e do Vasco, no dia 8 de dezembro do ano passado, agora foi a vez dos joinvilenses acompanharem a suspensão da partida entre JEC e Portuguesa, válida pela primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

A polêmica começou na quinta-feira. Embasada por uma liminar conseguida pelo torcedor Renato de Britto Azevedo _ que teve sua ação aceita pela 3ª Vara Cível da Penha, em São Paulo _ a Portuguesa ameaçava não entrar em campo contra o JEC.

A justificativa era a recuperação do direito de disputar a Série A do Campeonato Brasileiro _ a ação de Renato anulava o julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que tirou quatro pontos dos paulistas pela escalação irregular do meia Heverton, na última rodada, contra o Grêmio, e rebaixou a Lusa para a Série B.

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Durante a sexta-feira, o jogo foi cercado por dúvidas. O departamento jurídico do Joinville apostava que a Portuguesa, mesmo embasada pela ação, entraria em campo para não correr o risco de ver sua ação cassada nas próximas horas ou dias pela CBF. Neste caso, um possível abandono do duelo poderia trazer grandes prejuízos ao clube _ W.O. ou até perda de pontos para a sequência da competição.

Apesar de todas as incertezas sobre a entrada ou não em campo da Portuguesa, a equipe apareceu na Arena Joinville e começou a partida contra o JEC. Mas, quando ninguém esperava, um oficial de justiça levou uma intimação ao delegado Laudir Zermiani que obrigava a Lusa a deixar o gramado.

Imediatamente, o técnico Argel Fucks retirou os jogadores do campo e os levou ao vestiário. Em contato com Laudir Zermiani, a CBF determinou que o jogo fosse reiniciado. No entanto, a Portuguesa não retornou e o árbitro Marcos Andre Gomes da Penha determinou o fim do confronto.

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Na súmula, Marcos Andre irá apontar que a Portuguesa abandonou o jogo e, por este motivo, a partida foi finalizada. O caso irá a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). E, pela segunda vez em pouco mais de quatro meses, a Arena aparecerá no noticiário mundial nos próximos dias por fatos que estão além das quatro linhas e mancham a imagem do futebol brasileiro.