A manhã desta sexta-feira ainda é de trabalho intenso para a Defesa Civil de Blumenau. Segundo o diretor da pasta, Adriano da Cunha, as equipes registram um total de 66 ocorrências, entre deslizamentos na via e queda de muros, durante o temporal que atingiu a cidade no início da noite de quinta-feira.

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O ponto mais crítico nesta manhã é a subida de acesso para Gaspar Alto, no fim do bairro Glória. O local teve queda de barreira e as equipes da Celesc e Defesa Civil não conseguem chegar na região. A informação é de que um cabo de alta tensão teria se partido, deixando parte do local sem energia elétrica.

::: Blumenau tem ruas alagadas e desmoronamentos por causa da chuva forte nesta quinta-feira

::: Garcia é a região mais atingida pela chuva intensa que caiu em Blumenau

A Defesa Civil afirma que não há outros pontos críticos no município. Alagadas, as ruas Ponta Porã e Belo Horizonte, no bairro Glória, Carlos Stiller, Colatina e Guarapari, no Progresso, e Araranguá, no Garcia, amanheceram com água nas laterais e muito barro sobre a via de rolamento. A orientação é para que os motoristas andem com prudência nesses locais. O tráfego na região do Terminal da Fonte, na Rua Amazonas, é lento por conta da água e lama acumulada sobre a via.

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Energia é reestabelecia aos poucos

Segundo a Celesc, das 23 mil unidades consumidoras afetadas pelo temporal quinta-feira à noite, cerca de 940 permanecem sem energia elétrica nesta sexta-feira. A previsão da equipe de apoio é de que o sistema seja normalizado até o fim da manhã.

Os bairros mais afetados foram Garcia, Progresso, Ponta Aguda, Fortaleza, Itoupava Norte e Itoupazinha. De acordo com o gerente regional do órgão, Cláudio Varella, as cidades de Gaspar, Pomerode e Apiúna também foram atingidas. Em nota a Celesc informou que nas primeiras quatro horas após o temporal cerca de 94% das unidades consumidoras estavam religadas.

Eficácia do Dique da Fortaleza é uma incógnita

Com ruas alagadas em diversos pontos do bairro, a eficácia do Dique da Fortaleza é uma incógnita. O diretor da Defesa Civil de Blumenau, Adriano da Cunha, diz ter recebido informação de que o equipamento funcionou, mas afirmou não ser capaz de fazer análise mais apurada por não ter o balanço das ocorrências na região em que o dique está instalado.

– Funcionar, a gente sabe que funcionou. Só não dá para dizer se funcionou a contento, pois não temos nenhum registro no bairro Fortaleza – disse o diretor.

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Após se reunir com a Defesa Civil, o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, afirmou que graças ao Dique da Fortaleza a força da chuva não causou mais danos na região.

– Foi uma grande ocorrência. Se não fosse o dique seria muito maior o prejuízo para moradores e comerciantes – diz.

Após relatos de líderes comunitários, o prefeito ainda se disse impressionado com a quantidade de lixo que ficou barrada no dique e fez novo apelo para que a população não descarte esses materiais no ribeirão.