O fim de semana foi de incertezas para os clientes e funcionários do Grupo Marcos Queiroz em Joinville. A informação é de que o empresário Marcos Queiroz abandonou a cidade. No domingo, segundo um corretor de imóveis que não quer ser identificado, Queiroz teria deixado uma dívida que pode chegar a R$ 200 mil em salários não pagos aos corretores e funcionários de duas lojas de materiais de construção que ele mantinha em Joinville.
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Ainda conforme os funcionários, os clientes também saíram no prejuízo, pagando entradas de, em média, R$ 25 mil em 325 apartamentos que já foram vendidos e ainda não foram entregues.
Na sexta-feira, clientes que sentiram-se lesados e oportunistas chegaram a saquear duas lojas, chamadas de O Baratão da Construção, nos bairros Vila Nova e Guanabara, para tentar reparar parte do prejuízo que tiveram.
De acordo com informações da Polícia Militar, o tumulto foi contido e apenas clientes que apresentavam notas fiscais e recibos da loja passaram a ter permissão de entrar e retirar produtos das lojas.
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Na manhã de sábado, o local foi fechado pelos proprietários dos terrenos onde funcionavam as lojas. Agora, a orientação é para que clientes e funcionários busquem seus direitos na Justiça.
Cerca de 15 funcionários das lojas de materiais de construção, que trabalhavam com carteira assinada, devem procurar o Ministério do Trabalho hoje para dar baixa nas carteiras de trabalho. Juntamente com corretores de imóveis do grupo, eles registraram um boletim de ocorrência contra Marcos Queiroz.
Pagamento de salários
Os funcionários dizem ter sido vítimas de estelionato, já que o dono da empresa desapareceu sem pagar os salários. Da mesma forma, clientes da corretora de imóveis e das lojas de materiais de construção prometem entrar na Justiça contra o empresário.
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Prejuízo para clientes
A advogada Fernanda Maria Francisco, de 24 anos, também promete buscar reparação judicial caso não receba o apartamento comprado com uma entrada de R$ 30 mil. O valor do imóvel é de R$ 80 mil.
– Não existe outra opção que não seja pela Justiça. O negócio parecia confiável, não tínhamos como desconfiar – lamenta.
Contraponto
No sábado e no domingo, a reportagem tentou contato por telefone celular com o empresário Marcos Antônio de Queiroz. Foram oito ligações e todas elas caíram na caixa postal. O número foi informado por funcionários do Grupo Marcos Queiroz.
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