Cerca de 70 pontos brancos circularam ao redor da Maternidade Darcy Vargas de Joinville, na noite da última quarta-feira. Familiares, amigos e moradores vestiam camisas brancas, levavam faixas e, em silêncio, caminharam pelas ruas Miguel Couto, Plácido Gomes, Pedro Mayerle e Plácido Olímpio de Oliveira, por volta das 20 horas.

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Os familiares da pequena Isabela organizaram um protesto pela internet. O motivo, de acordo com o bisavô da bebê, Leonardo Coradelli, é pedindo por paz e mais atenção e cuidado médico nos partos realizados pela maternidade. Gabriela Coradelli, mãe de Isabela, teve o parto induzido por medicamento no último domingo, mas durante a espera a criança morreu.

– A Gabriela sofreu tanto no domingo. Ela fez tudo certinho, em 15 em 15 dias fazia o acompanhamento médico e no domingo esperou desde de manhã a médica realizar a cesárea somente a noite, para então descobrir que a menina estava morta. Foi sofrimento de mais – conta Coradelli.

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Além dos familiares e amigos, estavam presentes no protesto também outras mães que sofreram na espera do parto normal na maternidade. Gabriela teve alta da maternidade na manhã da última quarta-feira, não compareceu ao protesto.

– Queremos saber logo o resultado da necropsia e que o caso da minha bisneta sirva de exemplo para que os procedimentos da maternidade mude. Estão judiando das mães joinvilenses – pede.

CONTRAPONTO

O diretor da maternidade, Fernando Marques Pereira, afirmou que é preciso aguardar o resultado do exame de anatomopatológico da placenta para saber das causas reais da morte de Isabela e também o resultado da necropsia. A previsão é até semana que vem o resultado esteja pronto, para saber se houve erro ético de negligência.

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– Nós da maternidade também estamos apreensivos e todos os envolvidos já foram ouvidos. Após o resultado da necropsia, se for comprovado negligência médica abriremos uma sindicância ao CRM (Conselho Regional de Medicina) – diz.