Os servidores da Saúde decidiram no fim da tarde desta terça-feira suspender por 15 dias a greve. A decisão foi em assembleia na Capital. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SindiSaúde), mantém o estado de greve e o cronograma de paralisações nas unidades. Mas o atendimento volta ao normal a partir desta quarta. O SindiSaúde informou que foram enviados avisos para as secretarias municipais a respeito da decisão.
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Apesar de ter durado cerca de dez horas, a paralisação dos serviços trouxe problemas para a população. Na terça, em Joinville, parte dos servidores da Saúde do Estado parou. Em frente ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, um grupo de cerca 70 funcionários cruzou os braços e passou a manhã ao lado de cartazes e até de um caixão improvisado para chamar a atenção de pacientes e governo para o impacto da perda das horas extras.
A situação no hospital, que já era complicada por falta de médicos, piorou. A unidade trabalhou com um terço da equipe da enfermagem. A paralisação também aconteceu em frente à Maternidade Darcy Vargas.
O principal pedido do sindicato é o aumento salarial ou a criação de uma bonificação que compense a perda das horas extras. Segundo Dineiva Fernandes, do comando de greve e participante do SindSaúde, as horas a mais trabalhadas por dia garantiam um aumento de até 75% na remuneração.
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A Secretaria da Saúde diz que todos os esforços foram feitos para manter a negociação entre o governo e a categoria, evitando a paralisação.
Respingos nos pacientes
A mãe de Celina dos Santos, 53 anos, sofre de diabetes. Na segunda à noite, a dona de casa ligou para o Regional para saber se havia médico. Por falta de clínicos, foi orientada a buscar o hospital apenas na terça-feira de manhã.
Ao chegar ao hospital, Celina se irritou com a greve, principalmente depois que entrou na recepção e pediu para buscarem a mãe no carro. Ninguém foi. Foram quase 30 minutos de negociação para que um enfermeiro do pronto-socorro e um guarda levassem uma maca para buscar a idosa doente.
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Caso não conseguissem atendimento no Regional, a única opção seria buscar socorro no Bethesda, a cerca de 20 quilômetros.