Os vereadores da CPI dos Táxis tomam os depoimentos a portas fechadas, sem o acesso da imprensa e do público geral, mas tiveram de aceitar a presença do advogado Orlando Rosa Junior, que representa Isaias Gomes dos Santos, suspeito de explorar irregularmente várias concessões em Florianópolis. O advogado, que já havia pedido o acesso aos autos e discutiu em outras sessões para ter o direito de assistir os depoimentos, foi à Câmara com um representante da OAB de Florianópolis.
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O clima ficou tenso entre os integrantes da comissão, que reagiram à iniciativa do relator Tiago Silva (PDT) de divulgar um vídeo em que o taxista Néri Valmor Machado aparece dizendo que vendeu a licença de sua placa a Isaias por R$ 200 mil. Ao Diário Catarinense, Machado disse nesta quarta-feira que confirmaria as declarações no depoimento que daria nesta quinta-feira à CPI, mas o taxista não apareceu e mandou um atestado médico válido por quatro dias.
Também chamou a atenção a presença de equipe da Deic. A informação repassada pelo presidente Guilherme Pereira (PSD) é de que o delegado Akira Sato foi ao local a pedido do relator Tiago Silva (PDT), que desde a quarta-feira da semana passada está com segurança pessoal oferecida pela Secretaria Municipal de Segurança e Cidadania. O vereador do PDT diz ter recebido ameaças.
Novos depoimentos
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Nesta quinta-feira, prestaram depoimento o engenheiro João Geraldo Dário, que é chefe do Departamento de Vistoria, a ex-secretária Juscélia Momm, que comandou o órgão durante pouco mais de nove meses em 2004 e o ex-secretário Ednei Domareski Corvalão, fiscal de carreira que assumiu como secretário no início de 2004.
Nesta sexta-feira, os depoimentos começam mais cedo, as 9 horas. Os vereadores devem ouvir o atual diretor André Luiz Cursio, o assessor jurídico Rodrigo Graciosa e o ex-diretor de fiscalização Dárcio Gustavo Corrêa Filho.
Nos próximos dias, serão reconvocados o ex-secretário Norberto Stroisch Filho (PMDB) e a dentista Marlene Bolan de Amorin, que aparece na sindicância da Secretaria Municipal de Transportes. Os dois não compareceram aos depoimentos agendados para a semana passada. Alegaram problemas de saúde e apresentaram atestados médicos.
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