Depois de anunciar o corte de R$ 44 bilhões no Orçamento da União, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a programação de 2014 foi feita com “estimativas conservadoras” de receita. O ministro afirmou que a previsão de ingresso de receitas extraordinárias é menor neste ano do que em 2013 e que não estão previstas novas desonerações tributárias no ano além das que já foram concedidas.

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– Não haverá perda de arrecadação por causa de novas desonerações – afirmou.

Meta fiscal

O corte no orçamento divulgado nesta quinta-feira tem como meta auxiliar o governo a chegar à meta de superávit primário, que é a economia feita para pagar os juros da dívida, de R$ 99 bilhões, equivalente a 1,9 % do PIB. Mantega lembrou que já foram feitos superávits maiores antes da crise financeira global de 2008.

– O Brasil continua sendo um dos países que fazem maiores superávits primários do mundo e vamos continuar nessa trajetória – afirmou.

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Mantega lembrou que o resultado do ano passado, em relação ao PIB, o suerávit também foi de 1,9%.

PIB

O ministro da Fazenda afirmou ainda que a previsão de crescimento do PIB brasileiro, de 2,5% em 2014, se deve à recuperação lenta da economia mundial.

– Iniciamos 2014 com volatilidade e alguma turbulência, que tende a se acalmar ao longo do ano. A turbulência se dá em função da retirada dos estímulos americanos e de outros países. Num primeiro momento, causa volatilidade, que atrapalha o crescimento dos países emergentes – afirma.

Para Mantega, o crescimento do Brasil será puxado pelo investimento, que subiu 5,5% no ano passado.

– Teremos condições propícias para que isso ocorra.