A controvérsia entre o Reino Unido e o Equador devido à concessão de asilo político ao australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks, levou a reuniões extraordinárias do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para a América (Alba) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

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O conselho da OEA se reúne nesta sexta-feira em Washington, nos Estados Unidos, para definir se haverá uma convocação extra dos ministros das Relações Exteriores, no próximo dia 23, como pediu o governo do presidente equatoriano, Rafael Correa. A Alba e a Unasul convocaram reuniões para o fim de semana.

O ministro das Relações Exteriores equatoriano, Ricardo Patiño, pediu à OEA, à Alba e à Unasul uma resposta oficial sobre as ameaças das autoridades britânicas de ocupação da Embaixada do Equador no Reino Unido. Os britânicos insistem que Assange deve ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de crime sexual.

– Esperamos que a OEA possa dar uma resposta – disse Patiño, que queixou-se das ameaças das autoridades britânicas de entrar na embaixada.

Na quinta-feira, ele anunciou a concessão de asilo político a Assange, que há 59 dias está abrigado na representação diplomática equatoriana em Londres.

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Formado em física e matemática pela Universidade de Melbourne, na Austrália, Assange passou a ser conhecido internacionalmente pelo site Wikileaks, que divulgou em detalhes uma série de documentos sigilosos de vários países.

O advogado de Assange, Michael Ratner, disse que ele escolheu o Equador para pedir asilo por considerar o país livre de manipulações externas.