Após duas avaliações baixas consecutivas no Conceito Preliminar de Curso (CPC) do Ministério da Educação, o curso Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Barddal de Artes Aplicadas, em Florianópolis, teve o processo seletivo para novos alunos suspenso.

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O curso é um dos 68 no país – e o único em Santa Catarina – que tiveram o ingresso suspenso por apresentarem resultados considerados insatisfatórios pelo governo federal em ambas as avaliações trienais, feitas em 2011 e 2014.

Confira aqui a lista dos cursos com ingresso suspenso

A decisão do MEC foi oficializada está no Diário da União desta quarta-feira e, segundo a pasta, quem já passou por um processo seletivo (que tenha feito o vestibular, por exemplo) não será impedido de entrar no curso.

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Já a retirada da suspensão está sujeita à assinatura de um termo de compromisso entre a instituição e o MEC.

O CPC, divulgado na última sexta-feira, é uma análise trienal realizada pelo MEC com todas as instituições de ensino superior do país. Além da nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o índice leva em conta fatores como a pós-graduação, recursos pedagógicos, infraestrutura e corpo docente.

A medida vai de 1 a 5, sendo que cursos com notas entre 1 e 2 têm desempenho considerado “insatisfatório”. Tanto em 2011 quanto em 2014, o curso de arquitetura da Barddal obteve um CPC de 1,41.

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A direção da faculdade não foi localizada pela reportagem nesta quarta-feira para falar sobre a suspensão do ingresso de novos alunos no curso. Até as 16h30min, ainda era possível se cadastrar no vestibular para Arquitetura pelo site instituição.

Ainda na página oficial da Barddal, a faculdade explica que o curso de arquitetura oferecido “é o único na região com oferta de vagas noturnas, permitindo que o aluno mantenha seu trabalho durante o horário comercial”. O texto ainda afirma que os professores que atuam na graduação são, além de titulados, atuantes em empresas de arquitetura e urbanismo.

Instituições podem perder acesso ao Fies e ProUni

Na semana passada, o ministro Aloizio Mercadante já havia informado que a suspensão de cursos que tiraram duas notas baixas consecutivas poderia ocorrer ainda em 2015, mas não havia dado detalhes sobre como isso ocorreria.

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Segundo o ministro, instituições com pontuações baixas também podem ficar impedidas de participar de programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Pronatec e o Universidade Para Todos (ProUni), e até sofrerem processos administrativos para o descredenciamento institucional.

A renovação destes programas também é condicionada à assinatura de protocolos de compromisso entre a instituição e o MEC.