A barreira montada pelos agentes penitenciários na rua que dá acesso ao Presídio Regional de Joinville e à Penitenciária Industrial não foi capaz de impedir a passagem das polícias militar e civil, na manhã desta sexta-feira. Eles encaminharam dois presos para a Penitenciária, mesmo contra a vontade da categoria, que está no 12º dia de greve.

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– Se a gente não liberasse a entrada deles, entraríamos em confronto direto e esse não é o objetivo. A nossa mobilização é pacífica e não queremos ninguém lesionado -explicou o agente penitenciário e um dos líderes da greve em Joinville, Ferdinando Gregório da Silva.

Em contrapartida, o delegado da Central de Polícia, Isaías Cordeiro, disse que apenas cumpriu a lei, pois nenhum detento pode ficar mais de 24 horas na delegacia.

– Diariamente, nós encaminhamos presos para a Penitenciária. Além disso, nós também não queremos e não vamos entrar em confronto com os agentes – destacou.

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Três viaturas da polícia civil e duas da militar foram até o local da barreira para fazer a transferência dos detentos da delegacia para a Penitenciária. Depois de uma conversa, os agentes concluíram que seria melhor liberar a entrada. No entanto, a situação desta manhã causou indignação entre os funcionários que estão em greve. Por isso, eles criaram uma nova estratégia.

– Nós queremos transferir alguns presos condenados do Presídio para a Penitenciária. Por lei, os condenados não podem ficar no Presídio. Se a gente conseguir, a Penitenciária ficará em lotação máxima e não poderá receber novos detentos – argumentou Silva, que também ressaltou que no Presídio não permitida de forma alguma a entrada de novos presos, caso contrário haverá confronto.

Os agentes bloquearam o acesso aos presídios na manhã de quinta-feira. A intenção deles era não permitir a entrada de novos presos tanto no Presídio quanto na Penitenciária.

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Os agentes penitenciários reivindicam a revisão do plano de carreira. Um dos principais pontos da pauta é a criação de um adicional de 40% sobre os ganhos na aposentadoria. Atualmente, ao se aposentar, o agente tem uma redução de 40% no salário, forçando os profissionais a prolongarem o máximo que puderem o tempo na ativa. Os profissionais também pedem a redução da escala de progressão na carreira.

Vídeo: confira a movimentação em frente ao presídio: