A história do rapaz de 19 anos com deficiência mental que foi abandonado pela mãe e que é cuidado pela irmã poderia ser diferente se houvesse um espaço para recebê-lo integralmente durante a semana em Joinville.

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Em vez de ficar em casa sozinho enquanto a irmã passa o dia e a noite fora para trabalhar e estudar, ele moraria em uma residência inclusiva onde teria profissionais para atendê-lo.

Um espaço para pessoas com deficiência que estão em situação de risco ou que perderam a família é obrigatório.

– Há muitos usuários que se encontram em situação de vulnerabilidade social, sofrendo riscos e sem ter para onde ir-, diz a diretora da Apae, Heloísa Walter de Oliveira.

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No ano passado, a Secretaria de Assistência Social chegou a abrir um edital para que clínicas privadas se habilitassem. Foram disponibilizadas dez vagas com valor de R$ 850 mensais cada, mas ninguém aceitou.

Por causa da necessidade desse tipo de serviço, a Apae de Joinville está com projeto para a construção de uma residência inclusiva. Mas esbarra na falta de recursos para construir a estrutura adequada.

Para tocar as obras, seriam necessários cerca de R$ 990 mil. O espaço é a antiga sede da entidade, no bairro América. Parte do prédio pode ser reaproveitada, mas precisa de reformas, e o restante deverá ser reconstruído.

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Até agora, a entidade conseguiu R$ 30 mil do Juizado Especial Criminal – recursos vindos de condenações de pequenas causas. O valor, apesar de representar pouco mais de 3% do necessário, garante a troca do telhado e a reforma.

Ainda seriam necessárias obras para transformar o imóvel em espaço para abrigar 20 pacientes. Heloísa espera conseguir parcerias com o poder público e com empresas.

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