¿Tudo o que se quer da vida é voar e cantar.¿ Duas horas antes de entrar no palco do Teatro Ademir Rosa (CIC), em Florianópolis, e apresentar o show mais aguardado do Jurerê Jazz Festival 2016, Leny Andrade tomava mais um gole de café e contava algumas de suas tantas memórias em 58 anos de carreira. Tudo que se quer da vida é voar e cantar, repetia ela, dizendo ser ela mesma uma ¿borboleta cantante¿. Aos 73 anos ela mostrou o porquê ainda ocupa o posto de maior diva do jazz brasileiro. Com voz de contralto em boníssima forma, ela apresentou na última quarta (27) o tradicional e sempre bem-vindo songbook do samba e bossa nova.

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Um papo com a cantora Leny Andrade

Jurerê Jazz Festival termina dia 1º de maio. Veja a programação

A noite seguiu com outros hinos da música brasileira: Batida Diferente, Wave, Garota de Ipanema, Dindi.

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– Entro nas letras de tudo o que eu canto. Quem me vê, sabe que estou vivendo aquilo que estou dizendo. E que pode ser triste ou alegre em pouco tempo – disse ela, ainda antes do show, ao falar sobre o papel e responsabilidade que tem o intérprete de uma canção.

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Como já é costume em seus shows, riu, contou histórias, brincou com os músicos da Sambop, que ela carinhosamente chama de ¿meus meninos¿. Emocionou a plateia que, ao vê-la entregar-se de corpo e alma a cada canção, fechando os olhos e balançando em cadência os bracinhos, vestia junto as roupas da emoção das letras e melodias.

– Assim você me mata do coração, Leny! – gritou um apaixonado da plateia.

(Foto: Charles Guerra / Agencia RBS)