Vanusa Drewanz, 35 anos, vive dias tortuosos. Pensa o tempo todo no filho Josué, 13 anos, morto na última sexta-feira após resistir por mais de uma semana aos ferimentos causados por um atropelamento no trânsito da Capital. Antes de encontrar a fatalidade, Josué e os amigos atravessavam a avenida Azenha em busca de uma televisão para assistir ao jogo do Grêmio contra o Criciúma, na noite de quarta-feira, 09/10. O menino era jogador da categoria sub-13 do Grêmio e, segundo a mãe, estava realizado:
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– Nas orações, na cama, ele sempre pedia a Deus que o ajudasse a ser um jogador de futebol. Ele era tudo que eu tinha, um menino de ouro.
O sonho de jogador durou pouco mais de meio ano. Descoberto pelos olheiros do Grêmio em Agudo, na região central do Estado, o rapaz desembarcou no Centro de Treinamento de Eldorado do Sul como um atacante rápido e forte, goleador.
– Eu gritava Josué, te mexe! Eu não entendia que a função de atacante é esperar as bolas na posição dele.
Gremista fanático, havia deixado para trás o interior de Paraíso do Sul, onde cresceu e ainda mora a família da mãe. Por aqui, conheceu ídolos como o centroavante Barcos e, se a vida não era cheia de luxos, estava satisfeito com a realidade. Tudo corria bem até a fatalidade o encontrar na Avenida Azenha, na noite do dia 9, quando saiu de casa com amigos para assistir ao Grêmio jogar pela TV.
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