Um exame de DNA pode ajudar a polícia a esclarecer um dos crimes de maior repercussão nos últimos anos na Serra Catarinense. A análise será feita por profissionais do Instituto Geral de Perícias (IGP), que aliarão seus conhecimentos e habilidades à tecnologia a fim de desvendar o sequestro de três gerentes de uma agência do Banco do Brasil e seus familiares, no último domingo, em Lages.

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O delegado Raphael Bellinati, que coordena as investigações, aguarda o laudo do IGP para reforçar a tese de que Ezoel de Pires, de 42 anos é de fato o líder da quadrilha. O suspeito foi preso pela PM na terça-feira enquanto fugia pelo interior de Correia Pinto.

Antes disso, na manhã de segunda-feira, Ezoel trocou tiros com a PM na BR-282, na localidade de Santo Antonio dos Pinhos, em São José do Cerrito, enquanto dirigia um Chevrolet Spin branco com placas de Fazenda Rio Grande (PR). A polícia já confirmou que o veículo havia sido furtado há algumas semanas em Curitiba, onde Ezoel morava até ser preso.

No automóvel, peritos do IGP coletaram fios de cabelo e saliva de chiclete. O material genético será encaminhado no início da próxima semana ao Instituto de Análises Forenses (IAF), que fica no IGP, em Florianópolis, onde será analisado.

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O coordenador mesorregional do Núcleo de Perícias de Lages, André Luiz de Melo, comenta que este tipo de trabalho geralmente é complicado. O perito criminal explica que o DNA será extraído do material genético, mas é necessário haver um suspeito para fazer a comparação, já que não existe um banco de dados de DNA.

No caso de Lages, o principal suspeito é Ezoel de Pires, apontado também como o suposto mentor do sequestro a um gerente de banco no início de julho, em Benedito Novo, no Vale do Itajaí. E é mediante esse cruzamento de dados que o resultado obtido permitirá traçar possibilidades ou até mesmo eliminá-las.

– O trabalho da perícia é levantar provas, que podem ser contra ou a favor do suspeito – diz o perito.

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Em casos de repercussão, como esse, o IGP procura priorizar a conclusão dos seus trabalhos, e a expectativa é de que a análise do material genético encontrado no Chevrolet Spin fique pronta em aproximadamente 20 dias.