A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou o Plano Diretor do Aeroporto de Joinville Lauro Carneiro de Loyola, que estabelece várias intervenções de médio e longo prazo que vão da ampliação e reforço da pista à construção de novo terminal de passageiros, áreas de taxiamento, bombeiros, teste de motores, terminal de cargas e outros espaços que representam a ampliação patrimonial do aeroporto dos atuais 792 mil metros quadrados para 2,036 milhões de metros quadrados.

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O estudo completo, estruturado em três etapas, estabelece que os melhoramentos serão implantados gradativamente até 2029. Com esse estudo, Joinville passa a integrar um restrito grupo de dez municípios brasileiros que dispõe de um Plano Diretor.

– Isso significa que a cidade já pode a implantar os projetos – explica o superintendente da Infraero em Joinville, Rones Rubens Heidemann.

O Plano Diretor foi entregue pessoalmente pelo superintendente ao prefeito Udo Döhler e ao secretário de Desenvolvimento Econômico Jalmei Duarte esta semana. Udo acredita que as obras podem ser executadas em menos tempo.

– Em vez de pensarmos em 16 anos até 2029, vamos trabalhar pensando na metade do tempo – disse.

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Todos os novos investimentos no aeroporto foram divididos em três etapas: de 2013 a 2015, de 2015 a 2019 e de 2019 a 2029. Entre os principais avanços estão a construção de um novo terminal de passageiros, que elevará a atual área construída de 4 mil metros quadrados para 29 mil metros quadrados, e novo terminal de cargas, que tem até data para inauguração: 16 de maio de 2016.

O Plano Diretor foi possível a partir da parceria iniciada em 2010 entre a Prefeitura e Infraero. O primeiro passo foi o decreto que considerou como de utilidade pública a área de 1,24 milhão de metros quadrados próxima ao terminal. Assim, a área poderá ser incorporada ao aeroporto, que passará a ter 2,036 milhões de metros quadrados. Com essa nova área, a pista passará dos atuais 1.640 metros para 2.090 metros de extensão e mais 11,7 mil metros quadrados de pátio, espaço suficiente para receber aeronaves do tipo Airbus A320 ou Boeing 737.

Os investimentos mais imediatos, já em andamento, são a instalação de dois sistemas de monitoramento de pousos e decolagens. Um deles é o ILS (Instrument Landing System, ou sistema de aproximação por instrumento) que está em fase final de implantação e garantirá pousos mais seguros em situações climáticas adversas.

O outro é o RNP AR – Aproach (em português, performance de navegação requerida com autorização). Joinville será o segundo aeroporto do País a contar com voos que usam esse sistema.

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– Com o ILS e o RNP AR, até maio de 2014 teremos um dos aeroportos mais bem equipados do Brasil – afirmou o secretário Jalmei Duarte.

Na América Latina, apenas Brasil, Chile e Peru operam com esta tecnologia. No País, somente o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, realiza este tipo de operação. Durante o percurso, o RNP AR recebe informações que mostram nos visores a posição exata da aeronave. Com isso, o piloto tem a possibilidade de corrigir o trajeto com mais precisão e ganha mais estabilidade no voo e na aterrisagem.

Além disso, o teto de pouso (altura com visibilidade) passará a ser de 95 metros ao invés dos 400 metros atuais. O novo procedimento não substitui o ILS, que depende de uma estação meteorológica para funcionar e deve entrar em operação em 2014.

O superintendente da Infraero em Joinville, Rones Rubens Heidemann, estima que os primeiros investimentos de infraestrutura e segurança de voos devem representar um significativo ganho no número de passageiros no aeroporto.

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– Hoje são 400 mil passageiros por ano, número que deve saltar para 1 milhão – afirma.