Praticamente todos que comentam sobre a perda de Roy Kellermann, que morreu nesta sexta-feira em Blumenau, exaltam como característica principal a alegria e a energia sempre positiva que ele tinha e transmitia.

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– A jovialidade do Roy era admirável. Ele era um homem de 70 anos que, em vez de ficar em casa assistindo TV, estava trabalhando. Sempre cantando, sempre uma festa. Ele tinha uma energia que carregou até o fim – destaca Aline Assumpção, jornalista e artista visual que foi curadora de uma grande exposição do artista em 2010.

Uma parte dessa jovialidade era herança dos anos dedicados à música, principalmente jazz, blues e rock. Amigo e ex-companheiro de banda à frente de A Folha, o diretor executivo da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Charles Schwanke, lembra emocionado das histórias ao lado do apaixonado artista:

– Lembro de irmos várias vezes ao Cine Busch ver The Sound Remain the Same e ele ficar cantando Led Zeppelin. Ou no Blumenália, com ele usando um casacão estilo Sgt. Pepper’s e cantando Istambul Blues.

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A alegria no palco era a mesma no dia a dia. Presidente da Fundação Cultural de Blumenau, Sylvio Zimmermann afirma que Roy contribuiu para a formação de uma geração de artistas e músicos.

– Um artista singular, detentor de profundo conhecimento técnico e de muita criatividade, mas, sobretudo, dono de um sorriso cativante e sincero – comenta Zimmermann.