Se o “cara” do JEC veste a camisa 8, na Chapecoense algo semelhante acontece. A diferença é que Cléber Santana usa um 8 a mais no uniforme (número 88). No entanto, isso não significa que ele seja mais importante do que Anselmo. Na verdade, é apenas para não confundi-lo com outra peça-chave no esquema de Guto Ferreira, que também é volante e veste 8: Gil.
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Antes de compor a dupla de armadores da Chapecoense, Cléber Santana não tinha 8 na camisa e atuava sozinho na articulação de outras equipes catarinenses.
Em 2012, a porta de entrada no Estado aconteceu no Avaí, sob o comando de Hemerson Maria. A combinação deu tão certo que o Leão conseguiu desbancar o a vantagem e o favoritismo do Figueirense, campeão de dois turnos na ocasião. No primeiro jogo, Cléber deu uma assistência e marcou na bola parada, sua grande arma. No segundo duelo, fez de pênalti o gol que abriu o caminho da vitória por 2 a 1 no Estádio Orlando Scarpelli.
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Para especialistas, JEC tem leve vantagem sobre a Chapecoense
A boa convivência entre o camisa 10 e o treinador construiu uma amizade fora de campo. No ano passado, Hemerson Maria revelou ter poucos amigos no futebol. E entre a lista de exceções está Cléber Santana.
E olha que esta amizade não surgiu apenas por alegrias que os dois tiveram juntos. Quando estiveram em lado opostos, Cléber trouxe algumas dores de cabeça para Hemerson Maria.
Em 2014, por exemplo, foi o meia que marcou o gol do Avaí sobre o JEC no placar de 1 a 0. Aquela foi única derrota do Tricolor dentro da Arena na Série B.
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Em 2015, outro “golpe” do amigo. A primeira derrota de Hemerson Maria sob o comando do JEC no Campeonato Catarinense aconteceu em Criciúma, diante do Tigre. E quem estava do outro lado? Cléber Santana. De cabeça, ele marcou o segundo gol do Criciúma sobre o Joinville no triunfo por 3 a 1.
O troco de Maria veio nos encontros seguintes: duas vitórias, em Criciúma e Joinville, e classificação encaminhada para a final do Catarinense. O técnico foi à decisão e o meia ficou pelo caminho no Tigre.
Neste ano, Cléber comandava a Chapecoense, que nadava em águas calmas no Campeonato Catarinense. No primeiro turno, o título poderia ter vindo em Joinville. Não aconteceu e do outro lado estava justamente o técnico com quem o meia iniciou sua trajetória no Estado. Para piorar, no segundo turno, Maria voltou a levar a melhor, com sobras, e o duelo definiu o Joinville como campeão do returno e finalista do campeonato.
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Agora, eles voltam a ficar frente a frente na decisão. Será a chance de Cléber quebrar o jejum ou de Maria de ampliar a série invicta. Para vencer, o camisa 88 terá de voltar a ser eficiente nas bolas paradas, nos chutes de fora da área e na armação de jogadas. Coisas que Maria está cansado de saber e fará de tudo para evitar.