A Assembleia Legislativa de Santa Catarina recebeu oito ofertas de imóveis à venda após a publicação de um chamamento público, em setembro, mas apenas dois prédios da lista foram considerados como reais opções de compra. Isto porque, além do Centro Executivo Everest, que acabou sendo comprado por R$ 83 milhões, apenas o prédio de um hotel oferecido ao Legislativo já estava pronto.

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As outras seis ofertas eram referentes a imóveis que ainda não tinham as obras concluídas. A informação consta na ata da reunião da mesa diretora da casa no último dia 7 de dezembro, quando foi decidida a compra do edifício comercial na avenida Mauro Ramos, em Florianópolis.

“Sendo assim, analisando qual dos dois imóveis atende as necessidades da Alesc, principalmente quanto à promoção das adequações necessárias, a única que, indiscutivelmente coadunou-se com as necessidades precípuas da Alesc e atende o requisitos do Aviso de Interesse e na aquisição de imóvel, é a proposta apresentada pela empresa TR Assessoria e Participações (Centro Executivo Everest)”, menciona a ata, com base na Coordenação de Licitações e Contratos.

O documento menciona que os deputados Maurício Eskudlark (4º secretário, PSD), Kennedy Nunes (1º secretário, PSD) e Dirce Heiderscheidt (2º secretário, PMDB), todos membros da mesa diretora, concordaram com a compra. O chefe de gabinete do deputado Aldo Schneider (1º vice-presidente, PMDB) manifestou a concordância do parlamentar.

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Também componente da mesa, a deputada Ana Paula Lima (3º secretário, PT) pediu informações sobre a proposta apresentada pelo hotel, sendo informada que “trata-se da metade da metragem do imóvel sugerido, com valor superior por metro quadrado e de difícil adaptação às necessidades”.

Assim, a mesa aprovou por unanimidade a compra do Centro Executivo Everest. Também assinou a ata o presidente da Alesc, Silvio Dreveck (PP). O único integrante da mesa ausente no encontro, o deputado Mario Marcondes (sem partido), é contrário à compra e entende que houve direcionamento na escolha.

Comissão deu aval sobre compra, mas não especificou imóvel

Um dia antes da reunião da mesa diretora da Alesc, a comissão especial formada por 11 servidores da casa para avaliar a intenção de compra por um novo prédio concluiu que “não há vedação para a compra de imóvel”.

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A comissão, no entanto, não apontou qual deveria ser o prédio a ser escolhido, apenas observou a necessidade de existência de laudo de avaliação de preço de mercado e de comprovação da “vantajosidade econômica”.