
Sul
A principal fonte de abastecimento do Sul de SC é a barragem do Rio São Bento, em Siderópolis, que atende a cerca de 300 mil pessoas na região de Criciúma. Segundo a regional Sul da Casan, está com o armazenamento na capacidade máxima desde a semana passada. Outros pontos de captação, como o Rio Vargedo (que abastece 13 mil pessoas na região do Morro da Fumaça), o Rio Amola-Faca (cerca de 4 mil pessoas em Turvo) e o Estiva do Rodrigues (em Passo de Torres) estão com medições normais.
Continua depois da publicidade
Grande Florianópolis
O Rio Vargem do Braço (Rio Pilões), principal fonte de água da região, está com os níveis em baixa, mas sem problemas no abastecimento. Em janeiro, o nível médio do rio ficou em 1,23 metro, enquanto que na tarde de nesta segunda-feira, estava em torno de 1,1 metro. O manancial na Serra do Rio Tabuleiro abastece Biguaçu, São José, Florianópolis e Palhoça
Continua depois da publicidade
A Lagoa do Peri, localizada no Sul da Ilha, e o Rio Cubatão, em Santo Amaro da Imperatriz, estão em situação de alerta, mas continuam com níveis considerados normais pela companhia. O primeiro manancial é responsável pelo abastecimento de parte do Sul e do Leste da Ilha, e é fonte de água para regiões como o Campeche e Armação. O segundo, junto com o Rio Pilões, abastece São José e parte da Ilha.
Oeste
Em Pinhalzinho, no Oeste de SC, está uma das situações mais críticas do Estado. Desde domingo, dois caminhões-pipa contratados pela Casan estão buscando 1,8 milhão de litros por dia no reservatório do laticínio da Aurora Alimentos, que fica a quatro quilômetros da Estação de Tratamento. De acordo com o chefe da agência da Casan no município, Juarez da Silva, são cerca de cinquenta viagens por dia, pois cada caminhão tem capacidade para 36 mil litros. O restante da demanda da cidade, que tem 16 mil habitantes, é captada no Rio Limeira. São 1,2 milhão de litros por dia. O Rio Limeira está fornecendo apenas 20 litros por segundo, cerca de 40% a menos do que o normal
Norte
A possibilidade de rodízio na região está descartada, adianta o superintendente da Casan na região, César Luis Cunha. Segundo Cunha, somente em Araquari, no bairro Itinga, o abastecimento ficou comprometido além da normalidade neste começo de ano. Mas a situação, diz o superintendente, está mais perto de se resolver. Uma estação de tratamento paralela, na rua das Carpas, deve ficar pronta esta semana. Conforme a Águas de Joinville, que também distribui água para uma área de Araquari, o conserto de um grande vazamento na rua Santa Catarina, no bairro Floresta, no último dia 28, melhorou o abastecimento na zona Sul de Joinville e também no bairro Itinga, em Araquari.
Continua depois da publicidade
Nesta segunda-feira, moradores do bairro Jardim Paraíso, na zona Norte de Joinville, protestaram contra a falta d’água. A Companhia Águas de Joinville informou ainda não ter certeza sobre o que tem prejudicado o abastecimento da região Norte da cidade. Segundo a assessoria, uma nova rede está em fase de instalação no bairro, com previsão de conclusão ainda este mês, além disso, afirma que o alto consumo agrava o problema.
Serra
A região de Lages é abastecida pelo Rio Caveiras, que cruza a Serra e fornece água a vários municípios da região. Vilson Rodrigues, diretor da Secretaria de Águas e Saneamento (Semasa) – responsável pela distribuição de água na cidade -, explica que Lages não sofreu graves problemas neste verão em decorrência dos investimentos feitos na área. Segundo o diretor, a situação está longe do ideal, mas os únicos transtornos registrados foram causados pelas altas temperaturas na época do Natal e por reformas programadas, com aviso prévio à população.
– Ao contrário de regiões como o Litoral, a Serra não precisa de grandes reservatórios de água. O nível no Rio Caveiras permanece quase o mesmo durante o ano inteiro – explica Rodrigues.
Continua depois da publicidade
Vale do Itajaí e Litoral Norte

Sem água em casa, Ana Maria recorre a uma bica em Blumenau
Em Blumenau, a falta de água gerou protestos nesta segunda-feira. Mas, apesar de os moradores pedirem ações imediatas, o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Samae) não tem solução prevista para resolver a falta d’água na região dos morros Dona Edith e Figueira, na Velha Grande. Segundo o diretor de Operações, Mauricio Carvalho Laus, o desabastecimento das casas não é consequência da incapacidade de captação ou de uma seca do rio Itajaí-Açu causada pelo calor.
As torneiras secas são causadas pelo fato de a bomba que abastece a região da rua Franz Muller não receber água suficiente para encher o reservatório que abastece as partes altas da cidade. Como medida paliativa, o Samae tenta fornecer água durante a noite e negocia com o Exército a subida de caminhões-pipa para distribuir água nestes locais. Cerca de 50 mil moradores de seis bairros sofrem com o fornecimento intermitente de água. No Litoral Norte, as cidades turísticas de Porto Belo e Bombinhas sofrem com falhas no abastecimento.

Saiba como contribuir para evitar a falta d’água nos dias de calor
– Evite banhos demorados
– Não use o vaso sanitário como lixeira
– Mantenha a torneira fechada ao fazer a barba e ao escovar os dentes
– Antes de lavar os pratos e panelas, retire os restos de comida e jogue-os no lixo
– Deixe a louça de molho na pia, com água e detergente, por uns minutos e ensaboe. Repita o processo e enxágue
Continua depois da publicidade
– Use a vassoura, não a mangueira, para limpar a calçada e o quintal
– Use balde e pano para lavar o carro, ao invés de uma mangueira. Evite lavar o carro durante a estiagem
– Use regador para molhar as plantas ao invés de utilizar a mangueira
– No verão, as plantas devem ser molhadas de manhã cedo ou à noite. Nestes períodos, a perda de água por evaporação é reduzida
– Utilize a máquina de lavar somente quando estiver na capacidade total
– Feche a torneira enquanto ensaboa e esfrega a roupa
Fonte: Casan