Depois de dois dias de rodadas de divulgação do Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA) em Hannover e Berlim, a delegação catarinense embarca nesta quarta-feira de volta com a expectativa nas alturas para o evento de setembro, em Joinville. Inúmeros motivos conspiram para que a 33ª edição seja uma das mais efetivas no fechamento de negócios entre as empresas dos dois países.
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O principal já está sendo chamado de efeito BMW. Ícone da indústria automobilística para os alemães, o fato de a empresa ter escolhido Santa Catarina para instalar uma unidade soa como uma espécie de Norte para toda a cadeia produtiva germânica. Se eles foram para lá, então é porque vale a pena, raciocinam os demais.
Outro item que causou forte impacto foi a organização do encontro. Especialistas em planejamento de longo prazo, os alemães ficaram impressionados com o detalhamento da programação fechado ainda em 2014.
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E para completar as apresentações do secretário de Estado de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Vieira, e do prefeito de Joinville, Udo Döhler, foram feitas em alemão, para deleite dos empresários e executivos germânicos que lotaram o auditório da embaixada do Brasil, em Berlim.
Glauco Côrte, presidente da Fiesc, também foi incansável durante os dois dias nos contatos com representantes dos mais variados setores. Geração de energia e reaproveitamento do lixo, aliás, prometem ser as vedetes do EEBA em Joinville.
E a cereja do bolo para os acordos bilaterais ainda será arrematada durante a reunião entre a chanceler Angela Merkel e a presidente Dilma Rousseff, que se encontram em Brasília em agosto, exatamente um mês antes do encontro de Joinville.
Vão tratar de todos os temas de interesse para os dois países, inclusive sobre a perspectiva de aumento das relações comerciais. Como dizem informalmente, um senhor esquenta para o EEBA em setembro.
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– Avançamos muito nos últimos anos na identificação das respectivas demandas e oportunidade entre os dois países. Agora é chegada a hora de transformar este namoro em casamento e Joinville tem tudo para selar esta união – disse a simpática embaixadora do Brasil na Alemanha, Maria Luiza Viotti.
*O jornalista viajou a convite da Fiesc
DIÁRIO DE VIAGEM
Bola dentro
Carlos Adauto Vieira, secretário de Relações Internacionais do Estado, estava se sentido em casa durante a missão catarinense na Alemanha. Ele morou 10 anos no país e fala fluentemente a língua de Goethe.
Bola fora
O governo do Estado precisa rever urgentemente o vídeo de divulgação de SC. Mostrar as belezas naturais é uma coisa, agora cena de mulheres em biquínis minúsculos não pega bem. Depois de ser exibido na feira de Hannover, ele sumiu da apresentação na embaixada.
Meu número
Ao ser informado que 113 brasileiros participavam da feira de Hannover, o prefeito Udo Döhler fez questão de brincar que não concordava com a contagem. Para ele, ou eram 115 ou nada, sem deixar de lembrar a cada instante do seu plano 15.
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A jato
Uma passagem de primeira classe no trem entre Hannover e Berlim custa 228 euros. Mas o chope e a salsicha servidos a bordo faz você se sentir num pedacinho do paraíso a quase 300 quilômetros por hora.