Sobre a reportagem Paixão não correspondida, de Cristian Weiss (24/11), creio que ainda está para ser contada a verdadeira história sobre o fim da Varig. Quando o presidente da Varig, Ruben Berta, decidiu passar a administração da companhia para a fundação que depois levou o seu nome, o fez porque achou que ninguém melhor do que os próprios funcionários teriam competência e interesse em bem administrar a empresa. Enganou-se, pois o corporativismo, o excesso de confiança de que a Varig era insubstituível e grande demais para o governo deixá-la quebrar, associado ao desinteresse do governo, a levaram à bancarrota. Mas a Fundação Ruben Berta, que deveria também amparar seus colaboradores na aposentadoria, os deixou na miséria e o Brasil perdeu a empresa que era referência na aviação mundial em voos para 36 países. Espera-se que um dia venha à tona a verdade sobre os mistérios da derrocada, os interesses corporativos e os envolvimentos políticos que mataram a Varig.
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