Assistente da Coordenação-Geral de Gestão Estratégica da Secretaria Especial dos Portos (SEP), o engenheiro Limber Ocampo esteve em Itajaí esta semana para acompanhar o início das operações do Porto 24 Horas no Complexo Portuário.
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Ele é coordenador da Comissão Nacional das Autoridades nos Portos local (Conaportos), instituída no ano passado pelo governo federal para integrar as atividades dos órgãos e instituições públicas que atuam nos portos e, assim, trazer mais competitividade.
Nesta entrevista ao Sol Diário, Ocampo se diz ciente das dificuldades dos órgãos anuentes, mas afirma que ainda é cedo para avaliar se é preciso ter mais efetivo para garantir a produção dia e noite.
O que o governo pretende fazer em relação à queixa do setor portuário de que há pouco efetivo para dar conta das operações do Porto 24 Horas?
O Porto 24 Horas é uma deliberação da Conaportos, e inclui todos os órgãos anuentes, Ministério da Agricultura, Receita Federal, Anvisa, Polícia Federal e Marinha. Nossa missão é disponibilizar serviço público 24 horas. Para isso, temos tido reuniões ordinárias para essa implementação, a de segunda-feira foi a segunda, e há outras agendadas até o fim do ano. É uma determinação do ministro que verifiquemos o funcionamento in loco. A questão de pessoal é um problema de cada um dos anuentes, que nos foi repassado. O governo tem a determinação de que os portos públicos funcionem 24 horas, como os maiores do mundo. É uma cultura que tem que ser mudada no país. Minha missão é dar esse feedback.
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Como o problema de efetivo pode ser solucionado?
Temos uma comissão local, buscando entendimento com todos os órgãos anuentes. A carga é o cliente de todo mundo, do armador, do porto, do governo, e temos que ser competitivos. Mas o funcionamento só começou segunda-feira, e ainda não temos indicadores sobre a questão de pessoal. Há um comitê técnico que vai criar indicadores e avaliar o desempenho. Na minha opinião, ainda é cedo para se dizer que falta gente.
A implementação do Porto 24 Horas faz parte do programa de aumento da produtividade dos portos, que também baliza a a MP 595?
A ideia é tornar o porto o mais eficiente possível, e disponibilizar serviço público 24 horas é fundamental. O desembaraço da carga é público, mas a operação é privada. O governo está fazendo a parte dele, e o mercado vai dizer se há demanda reprimida.