Cerca de 800 agricultores, oriundos de diversas regiões do Estado, chegaram em 20 ônibus de turismo e iniciaram, por volta as 9h30, uma passeata que seguiu do Floripa Shopping ao prédio do Governo do Estado, na SC-401, no Norte da Ilha, onde prometem ficar até serem atendidos pelo governador.
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A manifestação é organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul ( FETRAF-SUL/CUT) e representa todas as regiões agrícolas de Santa Catarina. Segundo o coordenador, Alexandre Bergamin, a Federação encaminhou há um mês uma pauta estadual com 14 pontos de reivindicações criada na X Jornada de Lutas da Agricultura Familiar, para a secretaria da Fazenda e Secretaria da Educação e solicitaram há mais de 10 dias uma audiência com o governador e ainda não foram atendidos.
– Vamos permanecer aqui até nos atenderem ou marcarem a data da audiência -, diz Bergamin, que fez 11 horas de viagem de Chapecó para Florianópolis ônibus.
O Governo do Estado solicitou aos manifestantes a pauta de reivindicações para encaminhá-la à Secretaria da Agricultura, com quem será a audiência que deverá ser marcada para esta tarde.
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Entre as reivindicações estão a melhora na rede elétrica, que ainda é monofásica em grande parte das regiões e, por isso, tem muita queda de energia, prejudicando os produtores; efetivação da Lei 11.947 e a resolução 38 que prevê a aquisição de no mínimo 30% dos produtos da alimentação escolar de agricultores familiares; a solicitação do programa de habitação onde prevê R$ 5 mil por família para mil famílias ao ano; e educação e valorização do jovem agricultor; entre outras.
– A agricultura evoluiu e investiu, tem tecnologia mas a energia não chega até nós – reclama o coordenador, que participou no dia 10 de março de uma reunião com a secretaria de Habitação e com o presidente da Celesc para tratar sobre a qualidade da energia elétrica no meio rural, mas que, segundo ele, sem sucesso.
Segundo o coordenador, a manifestação não tem relação com a ocupação Amarildo de Souza.