Os agentes penitenciários de Joinville, em greve há 14 dias, realizam um ato em frente ao Fórum da cidade, nesta segunda-feira, para protestar contra a decisão do Tribunal de Justiça, que considerou a greve ilegal. A paralisação não chegou a ser suspensa porque o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Santa Catarina (Sintespe) recorreu da decisão.
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Durante o ato, os agentes penitenciários também vão entregar um documento ao juiz da Vara de Execução Penal de Joinville, João Marcos Buch, pedindo que os presos já condenados, e que permanecem no Presídio Regional, sejam os primeiros a serem levados para as penitenciárias privadas.
O pedido é uma resposta à decisão do governo do Estado de autorizar que unidades prisionais privadas – no Estado são cinco – recebam até 150 presos a mais do que a capacidade. Um meio de evitar a superlotação nas delegacias durante a greve, pois os agentes interromperam o envio de presos das delegacias para os presídios.
– Queremos que seja dada preferência a quem já está aguardando e não a quem acabou de chegar, pois preso provisório tem que ficar afastado do preso já condenado – declarou o agente e representante da região Norte no movimento dos servidores estaduais, Ferdinando Gregório da Silva.
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Gregório informou, ainda, que a categoria vai recorrer aos políticos da região para que intercedam em favor do movimento.
Nesta terça-feira, o movimento estadual realiza assembleia geral em Florianópolis. Na avaliação do representante da região Norte, a tendência é de continuidade da greve.
Rodízio
Para não criar um clima de tensão dentro do presídio durante a paralisação, os agentes penitenciários concordaram em revezar a suspensão de duas atividades. Na semana que passou, o banho de sol dos presos estava suspenso e foi permitida a visita de familiares. Nesta segunda-feira, volta o banho de sol, mas a família não poderá entrar na instituição. Já as visitas íntimas e de advogados estão interrompidas desde o início da greve.
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